"PANDEMIA DE GENTE".
No mundo ocorre uma “pandemia de gente”. Qualquer centro urbano mostra claramente que se não houver alguma solução genial, pois para tanto necessita-se de um gênio, os seres humanos se moverão com tanta dificuldade para sobreviverem que tal fato eclodirá no sistema econômico de forma fatal. E já eclodem. As crises não consideram de forma efetiva este fator, mas ele já incide. Tempo tem custo. E nada na equação humana está dissociado, vivemos um sistema organicista ( embora não haja muita organização) que tem equação simultânea de elementos no desfecho do resultado.
A penicilina, as vacinas e o avanço médico tornaram a expectativa de vida altamente expressiva. A lei de seleção natural, que vigorava quando se morria bem mais cedo, está sob maior controle, se vive muito mais que tempos atrás.
A concentração urbana em busca de mercado de trabalho e lazer provoca os grandes congestionamentos de gente e de trânsito de veículos. Já não tiro os motores que sempre amei da garagem. Ficam paralíticos nas ruas infestadas. Ando a pé ou de táxi. Transportes públicos ainda que em cidades bem administradas no mundo, não impedem as pessoas de perderem uma parte de suas vidas migrando, trabalho/casa, casa/trabalho, e por aqui gastam até quatro horas nesse martírio, o que tende a aumentar e piorar.
É simples a equação e sua visibilidade. E esse quadro já era visto pelo malthusianismo faz tempo.
Thomas Robert Malthus, economista e religioso inglês, com seu Ensaio Sobre o Princípio da População, surpreendia o mundo. Nele apontava o que hoje se apresenta, falando que o banquete da natureza não podia ser servido para todos. Acontece com flagrante constatação sob variados ângulos.
Advogava a limitação dos nascimentos como única opção eficaz na luta contra a miséria. Não visibilizava, nem podia, ainda, o caos urbano. Religioso anglicano, Pastor, defendia a seu modo a ordem social. Malthus não propugnava pelo aborto, indicava que casamentos deveriam ocorrer após 30 anos de idade. Incentivava a restrição das relações fora do casamento e sua diminuição entre marido e mulher.
Parece que o Pastor anglicano previa o futuro e o caos que vai crescendo. E não vejo como alterar...