Era pra ser só um ensaio de quadrilha
E então começa a tocar Harlem Shake, a galera começa a pular frenética, Rafael em um suave movimento pula e se agarra às minhas costas e então saio correndo o segurando da maneira que posso. Após percorrermos cerca de metade da quadra, aconteceu. Em um movimento gracioso escorrego um dos pés na pequena poça de água. Agora tudo está mais lento, minha visão enxerga cada detalhe, os centésimos de segundo em que Rafael voa por cima de mim parecem não ter fim. Meus joelhos batem ao chão.
Quando tudo volta ao normal, me encontro deitado ao chão, olho para meu lado direito e vejo meu amigo também deitado passando a mão na cabeça com uma risada que mais parecia uma mistura de vergonha com insanidade. Ao vê-lo não me contenho e começo a rir também, ficamos alguns segundos ali deitados, rindo.
Afinal, um capote épico desses com direito a platéia deve ser aproveitado ao máximo mesmo."