"PARÚSIA".

Se nos aparecesse novamente um ser absolutamente diverso de tudo que hoje habita esse planeta, ouvido de forma universal por faculdades nunca conhecidas, o que faríamos?

É uma pergunta candente. Essa possibilidade nos foi reportada por Paulo de Tarso, seria a volta de Jesus de Nazaré.

A sinceridade, maior importância das personalidades lisas, como a do Cristo, estaria presente do mundo da mentira e da insinceridade. Esta volta de um personagem tão diverso, chamou Paulo de Tarso de “Parúsia”.

Foi na Antióquia, na Síria, que primeiramente nasceu uma comunidade nominada "cristã". Paulo de Tarso perseguindo para aprisionar cristãos em Damasco, recebeu o encargo de preceptor maior do catolicismo, com a sentença dos céus: " Saul , Saul, porque me persegues?", prostrado na terra o militar romano respondeu: " Quem és tu senhor?", "Eu sou Jesus , a quem persegues". Nascia nesse momento o criador da "Parúsia", que teologicamente significa a segunda vinda do Cristo à terra descrita pelo apóstolo Paulo.

O Maquiavel da religião, que aproximou o Estado da crença, oficializando-a, foi um gênio político. Sua visão determinou capacidades do cristianismo se adequar aos desafios e exigências contemporâneas, teologia centrada no poder da ressurreição que vence o maior desafio do homem, a morte, construindo princípios democráticos, investindo na solidariedade que caminha ao lado da caridade professada pelo Cristo.

Não há humanismo sem a escola de Paulo de Tarso; preferir ser apanhado pela injustiça do que concretizá-la, cultivar valores espirituais em detrimentos dos materiais, uma herança involuntária de Platão, faz demonstrar a caminhada contrária ao que se vê em nossos dias, às opções desastrosas das guerras e das fomes,o terror, as ditaduras pela violência institucionalizadas, a morte em nome de Deus.

Paulo de Tarso exorta a humanidade fraterna respeitosa, fazendo par com seu semelhante, não excluindo ninguém do desvelo e carinho, do reconhecimento que se aproxima pela caridade, pela distância absoluta de qualquer forma de egoísmo, material e emocional, com quem quer que seja, e pede o trabalho de todos, e determina ser o trabalho a razão da vida, e é rigoroso com seu ensinamento na Epístola aos Tessalonicences, (2 Tes,3:7-10) : " Não comemos de graça nosso pão, mas com trabalho e fadiga, se alguém não quer trabalhar, não coma".

A "Parúsia", a volta do Cristo, vaticinada por São Paulo, seria a derradeira esperança para que haja trabalho do ser humano em favor da sociedade em geral e principalmente por parte dos que se investem em representação política, para produzir e ser humanista e acima de tudo, para podermos repetir todos com a "Carta aos Coríntios", (13:1,2):

'E se eu tiver o dom da profecia e conhecer todos os mistérios....e se tiver toda a fé.... E NÃO TIVER CARIDADE, NÃO SOU NADA".

Precisamos ao menos e de novo do Cristo histórico.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 03/06/2013
Reeditado em 03/06/2013
Código do texto: T4323660
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