"Voltei feliz"...
Voltei feliz
Caia chuvinha prazenteira,e o sabiá laranjeira que me acorda pela manhã com seu canto um tanto alegre,as vezes triste,não deu o conhecido sinal.Lembrei do pensamento do grande Manoel de Barros ;”Quando as aves falam com as pedras,elas estão falando de poesia”...
Mesmo assim,eu voltei feliz!Meus amigos indagariam:”De onde vieste e o que fizeste?”
Caro amigo leitor,um dia,o anjo Osvaldo velho serafim de asas rotas pelo tempo,que habita o forro da capela de São Elesbão e,quando insone,me visita e fala de suas estranhas viagens,sugeriu que eu realizasse um longo caminho.Indaguei ao anjo morcego qual roteiro deveria trilhar:Santiago de Compostela,ou a montanha vermelha de Arunachala ?O pobre,deixando escapar uma risadinha,respondeu;”Viagem para o interior de tua alma!”A principio,pensei que o anjo Osvaldo carecia de neurotransmissores angelicais,caminhando para uma demência celestial,mas,olhando-me,como nunca havia feito,não tive coragem de contestá-lo.
Hoje,voltei feliz!
Encontrei Deus jogando o jogo das contas de vidro,e chamei-O de “você”.Ouvi ,pela voz de minha primeira professora,o poema de Olegário Mariano “O pintinho cego” e,repetia baixinho,os versinhos ingênuos...
Sentado a beira de cristalino regato,Deus segredou-me Seus intentos,dizendo-me.”A nova humanidade chegará e com ela,o iluminismo de um amor incondicional”.Amigo leitor,as lágrimas,a despeito de tentar oculta-las,enxugando com as mãos,marejaram meu rosto de tal forma que minha visão ficou ofuscada.
Ah!Pobre deste ser que ,agora,narra esta crônica piedosa!A figura de u’a mulher pedinte de Bangladesh semi morta com,apenas trinta anos e que teimava continuar vivendo,veio a minha mente e,o que era impressionante,sorrindo!Seu vulto era,agora translúcido e podia contemplar através de seu vulto,um grupo de flores do caminho.Confesso que,não mais ,senti culpa!
E,Deus ,mesmo sabendo que,sufocava na emoção,foi,por demais,impiedoso.Trouxe-me,diante de mim,a minha mãe,pois,sabia que a nossa historia não havia terminado...Lembrei,pois,que,jamais,havia pronunciado a singela frase;”Mãe,eu te amo!”No que tentei,a minha voz rouca,perdeu-se na garganta...Contudo,ela,auscultou a minha alma!E,Deus se fez amor,mais uma vez...
Lembrei-me de uma frase do grande Spinosa;” A felicidade não éum premio da virtude,ela é a própria virtude...”Entendi,amigo leitor,que esta alma,por mim,tão dilacerada pelos descaminhos,é a virtude em si!
Nesta tarde chuvosa de Outono,voltei feliz...
Voltei feliz
Caia chuvinha prazenteira,e o sabiá laranjeira que me acorda pela manhã com seu canto um tanto alegre,as vezes triste,não deu o conhecido sinal.Lembrei do pensamento do grande Manoel de Barros ;”Quando as aves falam com as pedras,elas estão falando de poesia”...
Mesmo assim,eu voltei feliz!Meus amigos indagariam:”De onde vieste e o que fizeste?”
Caro amigo leitor,um dia,o anjo Osvaldo velho serafim de asas rotas pelo tempo,que habita o forro da capela de São Elesbão e,quando insone,me visita e fala de suas estranhas viagens,sugeriu que eu realizasse um longo caminho.Indaguei ao anjo morcego qual roteiro deveria trilhar:Santiago de Compostela,ou a montanha vermelha de Arunachala ?O pobre,deixando escapar uma risadinha,respondeu;”Viagem para o interior de tua alma!”A principio,pensei que o anjo Osvaldo carecia de neurotransmissores angelicais,caminhando para uma demência celestial,mas,olhando-me,como nunca havia feito,não tive coragem de contestá-lo.
Hoje,voltei feliz!
Encontrei Deus jogando o jogo das contas de vidro,e chamei-O de “você”.Ouvi ,pela voz de minha primeira professora,o poema de Olegário Mariano “O pintinho cego” e,repetia baixinho,os versinhos ingênuos...
Sentado a beira de cristalino regato,Deus segredou-me Seus intentos,dizendo-me.”A nova humanidade chegará e com ela,o iluminismo de um amor incondicional”.Amigo leitor,as lágrimas,a despeito de tentar oculta-las,enxugando com as mãos,marejaram meu rosto de tal forma que minha visão ficou ofuscada.
Ah!Pobre deste ser que ,agora,narra esta crônica piedosa!A figura de u’a mulher pedinte de Bangladesh semi morta com,apenas trinta anos e que teimava continuar vivendo,veio a minha mente e,o que era impressionante,sorrindo!Seu vulto era,agora translúcido e podia contemplar através de seu vulto,um grupo de flores do caminho.Confesso que,não mais ,senti culpa!
E,Deus ,mesmo sabendo que,sufocava na emoção,foi,por demais,impiedoso.Trouxe-me,diante de mim,a minha mãe,pois,sabia que a nossa historia não havia terminado...Lembrei,pois,que,jamais,havia pronunciado a singela frase;”Mãe,eu te amo!”No que tentei,a minha voz rouca,perdeu-se na garganta...Contudo,ela,auscultou a minha alma!E,Deus se fez amor,mais uma vez...
Lembrei-me de uma frase do grande Spinosa;” A felicidade não éum premio da virtude,ela é a própria virtude...”Entendi,amigo leitor,que esta alma,por mim,tão dilacerada pelos descaminhos,é a virtude em si!
Nesta tarde chuvosa de Outono,voltei feliz...