Greg em um cappuccino
Se Gregory tivesse maior percepção dos olhos de Ri anna veria que eles o olhavam de soslaio enquanto mexia no relógio, o qual nada significava para ela neste momento.
Ela apenas imaginou que toda a atividade de ciceronear sua pessoa já estava durando meses.
Levantou - se e foi embora numa destas provocações que só Greg sabia fazer. Estas provocações completavam quem ele era, tal qual, um suave morango em um champanhe em seus ouvidos.
Na verdade estas palavras só faziam Ri anna ter certeza de quanto ela gostava de Greg, e o quanto ela queria que ele fosse com ela para casa, relaxar com um bom cappuccino que só ela sabia fazer – estava horrorendo o cappuccino que acabara de sorver.
Resolveu levantar para pagara a conta, o mínimo que poderia fazer por uma bebida com gosto de fel, já que tinha indicado o local.
Greg se preocupava muito com verdades e mentiras. Certamente. Porém toda mulher tem um lado oculto, assim como a lua, aluadas em determinados momentos, querendo mais do homem que a merece por escolha.
Quando volta vê que Greg não estava na mesa. Sai correndo para a porta. Quebra um sapato – parabéns para mim ( pensa) sai na chuva e vê greg dobrando a esquina. Sente-se em um filme. Joga os sapatos na lata de lixo e corre molhada atrás de greg.
Quando chega perto dele acredita que ele entende que nada mais faz sentido, apenas o momento de estarem juntos, naquele momento. Sabiam então, naquele momento que um pertencia ao outro, mais uma vez, naquele momento, que era uma eternidade.
Pensa em um momento Ri Anna-que clichê: Ainda bem que o alcancei.
E ele delicadamente empresta seus sapatos para ela e foram em direção ao infinito, finito.