O Sonho
Aquela noite era uma noite quente e o quarto era iluminado somente pela luz de uma vela, na qual sua sombra dançava na parede, quando algum suspiro do vendo invadia o quarto pela fresta da porta.
Ali naquele pequeno espaço deitado, deitado na cama com os olhos congelados olhando para o fogo da vela, estava Adam o mais velho de sete irmãos.
Ele estava ali fitando a vela, contemplando sua beleza, como se fosse seu único bem, sua única fonte de alegria.
Lá fora só se ouvia o som de uma velha coruja e uma vez ou outra o relinchar do cavalo que parecia inquieto.
Nos outros aposentos estavam seus irmãos e sua mãe já estava em um sono profundo.
Na sala se encontrava seu pai com seu velho cachimbo, também com os olhos em direção as chamas. A madeira da lareira estalava enquanto o fogo a consumia. Adam e seu pai pareciam estar ligados em seus pensamentos.
Mas Adam ainda estava lá, desejando aquela chama da vela, como se pudesse consumi-la. Ficou por um longo tempo lembrando das histórias que seu pai lhe contara quando pequeno.
Numa época em que os dragões existiam, e da época em que o mundo era triste. Ficou imaginando até que depois de um longo tempo caiu no sono.
Adam então teve um sonho tanto que peculiar. Ele se viu em um enorme campo de trigo, onde não se via o fim e de todos os lados havia apenas a enorme plantação. Então olhando para cima viu muitos corvos, mas estavam muito longe para destinguir o que era oque. Até que uma das aves começou a se aproximar, era um rasante que cortava o vento e espantava as outras aves, e se aproximando mais e mais, até que Adam viu.
- Um dragão? - disse.
Então percebendo que a enorme criatura vinha em sua direção, Adam correu incerto de chegar ao fim, mas correu.
O enorme dragão passou por ele com a barriga próxima à sua cabeça fazendo com que o vento o lança-se ao chão. Adam então caiu e rapidamente se levantou, mas quando olhou em sua volta viu todo campo de trigo em chamas, cercado por fogo e fumaça, o céu estava escuro e podia-se ver poucas estrelas. Até que do meio das chamas veio a criatura, caminhando em sua direção.
Se aproximando, Adam pode sentir seu hálito quente. O dragão então recuou sua cabeça, preparando para devorar o jovem, mas lá no fundo, em meio a escuridão e as chamas se ouviu um uivo de lobo, um uivo que cortou o vendo e o som dos estralos da plantação queimando. O dragão logo recuo e com um salto levantou voo sumindo na escuridão.
Depois disso Adam acordou e já era de manhã.
- Israel Alexandre