SOBRENATURAL.

Existindo espaço sobrenatural, não só na mente humana nisso fiada, confirma-se um mundo diferente, por alguns tão desejado, até fanaticamente, se imolando, suicidando-se para a ele chegarem mais rapidamente. Mas como seria? Eternidade, a “breve passagem da mente e espírito" lamentada por Santo Agostinho como" o curto dia do tempo”.

Ingressamos no sobrenatural, em ideia....Que mundo é esse que se quer conhecer com antevisão impossível? E por quê? Qual grande sabor que pode encerrar tão discutido tema? Já moveu reinados, dominações e hoje mata em nome de Deus, e explora em nome de Cristo.

Inteligentemente, Pascal lançou o repto em aposta que ninguém desconhece: Caso exista uma vida após a morte, o fiel terá um bilhete para o paraíso e aproveitará o melhor de ambos os mundos. Se eu perdesse, escreveu Pascal, teria perdido pouco, se ganhasse, teria ganho a vida eterna.

Pascal não se alinhava como agnóstico, era um crente em Deus aperfeiçoado pela razão. E a razão não preside crenças.

E qual a razão de muitos pretenderem ter razão? Credite-se ao interesse e à inépcia. Ninguém tem razão sobre o desconhecido, simplesmente por desconhecer-se. O conhecido já envolve polêmicas..

São Tomás a teve, em filosofia que aborda a teologia sem margem de respostas contraditórias, mas acabou seus dias sem terminar a SUMMA TEOLÓGICA e cerrou-se em dicção. Arrematou o silêncio com esta frase “tudo que escrevi é palha”.

Realmente, tudo que escrevemos acerca do sobrenatural é palha, pois é "sobre o natural", está acima do natural, do que é a natureza visível, o que não inibe “buscadores” de por várias formas tangenciarem o sobrenatural sempre instigante. Que valha a fé da paz em consciência que caminha os caminhos do mundo ao lado da Lei Moral, nada melhor para o espírito e as batalhas da vida.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 02/06/2013
Reeditado em 02/06/2013
Código do texto: T4321352
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