Caos

É interessante como o caos só nos atinge nos momentos em que menos esperamos. Surge como um vendaval a derrubar tudo pelo caminho, retirando a calmaria que nos circula e permite que desempenhemos um bom trabalho. E como tal, se sustenta na soma de vários problemas...

O primeiro deles advém do acaso, do inexplicável que atinge um familiar. Uma doença que chega do nada, te deixa de orelha em pé, sem saber o que fazer. O pior de tudo é saber da sua própria impotência para ajudar. Perguntas que surgem latejando ao pé de ouvido para as quais não sem tem resposta. A única certeza é que não podemos aparentar fragilidade, afinal não queremos trazer mais problemas...

O segundo vêm dos questionamentos, das pontadas que recebemos dos outros, apontando erros e limitando os nossos esforços. "Faça como os outros fulanos fizeram", "esqueça isso agora e pense em outra coisa", "não foi isso que eu quis dizer". Se não souber lidar com sabedoria, caímos do cavalo...

O terceiro problema lançado pelo caos, vem da confusão criada com o misto da preocupação e decepção. São aqueles momentos em que olhamos pra um lado e pro outro e nunca achamos a saída. Parece sempre um fim de linha insosso e ingrato, a cada porta adentrada e a cada conversa estabelecida... Enfim, parece até não ser vida, mas tão somente muvuca, bagunça....

Vivenciar o caos é interessante para começar a entender o seu processo, afinal já diz o ditado "depois da tempestade, vem a bonança". A questão é saber quanto tempo leva para se chegar até essa calmaria. Podem-se levar meses e até anos para atingir tal estado. Mas, não se sabe enquanto não tentar, até porque a vida é uma caixinha de surpresas...

Andarilho das Sombras

Rousseau e o Andarilho
Enviado por Rousseau e o Andarilho em 01/06/2013
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