Diário de Sonhos - #025: A Caixa de Funk / O Camisolão do Papai Urso
Estou tendo cerca de 4 ou 5 sonhos por noites, todos muito intensos. Mas a maioria desaparece assim que eu acordo. Alguns poucos eu consigo correr até o caderno, meio zonzo ainda, e escrever palavras bem grandes: "Sonho. Funk. Caixa. Locadora". Muitas vezes elas fazem sentido o suficiente para que eu lembre do sonho, mas às vezes não, como hoje. "Comida. Cacos de Vidro. Erick. Restaurante. Porção de batata frita". Não lembro direito disso. Mas enfim, vamos lá...
Eu sonhei...
Sonho 1 - A Caixa de Funk
Sonhei que estava voltando da escola a pé (nos dois últimos anos de escola eu me recusava a pegar carona com o meu pai e ia e voltava a pé, acho que era uns 2 km). Era dia e eu já estava perto de casa. Então alguma coisa grande pulou em cima de mim e me cobriu todo. Eu estava dentro de uma espécie de carro em formato de caixa. Tocava funk carioca num volume ensurdecedor. Lá dentro era uma espécie de sala de tortura. Um homem pelado apanhava. Os que batiam usavam bonés e lenços cobrindo o rosto. Havia também muitas garrafas de cerveja jogadas pelo chão, pedras de crack. Fugi não sei como.
Agora estou num restaurante e peço uma porção de batatas fritas pra mim e meu amigo Erick, mas eu não tenho dinheiro pra pagar. Erick diz que não quer e eu fico nervoso e devolvo as batatas, mas o atendente diz que não.
Sonho 2 - O Camisolão do Papai Urso
Sonhei que estava na escola, na sala de aula. Havia um concurso de atuação e eu queria participar. Não lembro o que eu fiz, mas eu e outro menino fomos os finalistas. A professora disse que cada finalista deveria dizer aos outros alunos um bom motivo para que votassem nele. Eu comecei. Disse que por muitos anos tive medo de várias coisas, que me isolei do mundo e de mim mesmo. Mas recentes acontecimentos me fizeram querer mudar minha vida e lutar contra estes medos. Medo de multidão, medo de falar em público, medo de atuar. E eu estar ali atuando e pedindo votos é uma prova da minha luta, e por isso deveriam votar em mim (meu subconsciente é muito louco mesmo, não me responsabilizo pelo que ele diz). Alguns poucos alunos bateram palma. Foi um discurso cheio de emoção mas que não surtiu efeito algum. O outro menino levantou e disse que só deviam votar nele se tivessem gostado. Todos bateram palmas e assobiaram. Na contagem dos votos eu recebi apenas três, enquanto ele recebeu muitos. Apesar de chateado dei os parabéns. Bate o sinal do intervalo. Alguém toca em meu ombro. É um menino que eu conheci na primeira série, muito estranho. O nome dele é Phillip (engraçado que só lembrei do nome dele por causa deste sonho). Ele me dá os parabéns. Percebo que ele está usando uma blusa muito parecida com a minha blusa preferida (que eu chamo de camisolão do Papai Urso, sério). Pergunto se não é a minha, mas ele diz que não. Subo pro meu quarto (!). Lá tem uma guitarra modelo Jaguar, eu sento e fico tocando, mas num volume baixinho.
Aí eu acordei.
Trinta de maio de dois mil e treze.