O MILAGRE DE LANCIANO. CORPUS CHISTI.

Como preito à generosidade da mãe do Homem Jesus, O Cristo, manifesto minha admiração pelo tudo que já pude ver mundo afora em locais de suas aparições. Por que muitos são chamados Santos? Diga-o a história definindo condutas. Os dicionaristas, todos, listam plurais significados com uma única razão, todos os Santos e Santas seguiram a Lei Moral, foram doação e bondade. Se quisermos podemos afastar religiosidades e centrar condutas na Lei Moral. E tantos mostraram a incorruptibilidade de seus corpos, como um sinal que podemos colher, uma diferenciação do comum: não somos só corpo.

Recolho desses acontecimentos, "inexplicáveis" diante do que se conhece, que tomba sob os sentidos, uma razão maior para nossas existências. E nessa pegada de "buscadores", acresço o milagre "inexplicável" de Lanciano.

O Milagre Eucarístico de Lanciano foi um milagre que ocorreu no Século VIII, na cidade italiana de Lanciano, na formidável Toscana.

Durante uma missa, o celebrante (um monge da Ordem de São Basílio), teve sérias dúvidas quanto à verdade da transubstanciação (transformação do pão e vinho em Corpo e Sangue de Jesus). Então, milagrosamente viu a Hóstia converter-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo.

A Hóstia-Carne apresentava, como ainda hoje se pode observar, uma coloração ligeiramente escura, tornado-se rósea se iluminada pelo lado oposto, e tinha uma aparência fibrosa; o Sangue era de cor terrosa (entre amarelo e o ocre), coagulado em cinco fragmentos de formas e tamanhos diferentes. O fato interessante do Milagre é que após exames científicos chegou-se as seguintes conclusões:

"A carne é carne verdadeira.

O sangue é sangue verdadeiro."

A carne é do tecido muscular do coração (contém, em seção, o miocárdio, endocárdio, o nervo vago e, no considerável espessor do miocárdio, o ventrículo cardíaco esquerdo). A Carne e o Sangue são do mesmo tipo sangüíneo (AB) e pertencem à espécie humana. No Sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os minerais Cloreto, Fósforo, Magnésio, Potássio, Sódio e Cálcio. As proteínas observadas no Sangue foram encontradas normalmente fracionadas em percentagem a respeito da situação seroproteínica do sangue vivo normal, ou seja, é sangue de uma PESSOA VIVA. A conservação da Carne e do Sangue, deixados em estado natural por doze séculos e expostos à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos constituem um fenômeno extraordinário. O sangue AB é o tipo de sangue encontrado no Santo Sudário.

O milagre eucarístico de Lanciano, segundo o cientista que comprovou sua autenticidade, Doutor Edoardo Linoli:

Afirmou o doutor Edoardo Linoli que havia sustentado em suas mãos um verdadeiro tecido cardíaco, quando analisou anos atrás as relíquias do milagre eucarístico de Lanciano (Itália), o mais antigo dos conhecidos.

O fenômeno se remonta ao século VIII. Em Lanciano, na igreja dedicada a São Legonciano, um monge basiliano que celebrava a missa em rito latino, após a consagração, começou a duvidar da presença real de Cristo sob as sagradas espécies.

Nesse momento, o sacerdote viu como a Sagrada Hóstia se transformava em carne humana e o vinho em sangue, que posteriormente se coagulou. Na catedral estão custodiadas estas relíquias e podem ser vistas pelos visitantes.

Professor de Anatomia e Histologia Patológica, de Química e Microscopia Clínica, e ex-chefe do Laboratório de Anatomia Patológica no Hospital de Arezzo, o Doutor Linoli foi o único que analisou as relíquias do milagre de Lanciano. Seus resultados suscitaram um grande interesse no mundo científico. Seguidas análises no tempo ratificaram seu laudo científico.

Em novembro de 1970, por iniciativa do arcebispo de Lanciano, Dom Pacífico Perantoni, e do ministro provincial dos Conventuais de Abruzzo, contando com a autorização de Roma, os Franciscanos de Lanciano decidiram submeter a exame científico as relíquias.

Encomendou-se a tarefa ao professor Linoli, ajudado pelo professor Ruggero Bertelli da Universidade de Siena. Com a maior atenção, o professor Linoli extraiu partes das relíquias e submeteu a análise os restos de «carne e sangue milagrosos». Em 4 de março de 1971 apresentou os resultados.

Evidenciam que a Carne e o Sangue eram com segurança de natureza humana. A Carne era inequivocamente tecido cardíaco, e o Sangue era verdadeiro e pertencia ao grupo AB.

O professor Linoli explicou que, «pelo que diz respeito à Carne, encontrei-me na mão com o endocárdio. Portanto não há dúvida alguma de que se trata de tecido cardíaco».

Quanto ao sangue, o cientista sublinhou que «o grupo sanguíneo é o mesmo do Homem do Santo Sudário de Turim, e é particular porque tem as características de um homem que nasceu e viveu nas zonas do Oriente Médio».

«O grupo sanguíneo AB dos habitantes do lugar de fato tem uma porcentagem que vai de 0,5 a 1%, enquanto que na Palestina e nas regiões do Oriente Médio é de 14-15%», apontou.

A análise do professor Linoli revelou também que não havia na relíquia substâncias conservantes e que o sangue não podia ter sido extraído de um cadáver, porque se haveria alterado rapidamente.

O informe do professor Linoli foi publicado em «Quaderni Sclavo di diagnostica clinica e di laboratório» (1971, fasc 3, Grafiche Meini, Siena).

Em 1973, o conselho superior da Organização Mundial da Saúde (OMS) nomeou uma comissão científica para verificar as conclusões do médico italiano. Os trabalhos se prolongaram 15 meses com um total de quinhentos exames. As conclusões de todas as investigações confirmaram o que havia sido declarado e publicado na Itália.

O extrato dos trabalhos científicos da comissão médica da OMS foi publicado em dezembro de 1976 em Nova York e em Genebra, confirmando a impossibilidade da ciência de dar uma explicação a este fenômeno.

O relicário, que está exposto à visitação na Igreja de São Francisco, em Lanciano, a partir do ano de 1713 até hoje. Na parte superior desse relicário está o ostensório. Contém a Hóstia transformada em carne, e, na parte mais baixa, encontra-se o cálice de cristal, com os cinco pedaços que resultaram da transubstanciação do Vinho consagrado em sangue. A Hóstia-Carne tem coloração levemente escura, de aspecto fibroso, tomando a cor rósea ao ser iluminada pelo lado oposto; sua parte central apresenta-se vazia, devido a retração tecidual. E os cinco fragmentos do sangue, que se coagulou, têm formas e volumes diferentes, sendo de cor entre o amarelo e o ocre.

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A celebração de Corpus Chisti iniciou-se em 1193, por iniciativa da religiosa belga Juliana de Cornellon, a quem a Virgem Maria pediu para que ela realizasse uma grande festa com para honrar o corpo de Jesus na Eucaristia. Anos mais tarde, em 1264, o papa Urbano IV consagrou a festa (que já acontecia) à Igreja Universal. Através da publicação da bula "Transituru do Mundo", Urbano IV decretou a celebração como sendo oficial, e com a tríplice finalidade: honrar Jesus Cristo, pedir perdão a Jesus pelo que foi feito a ele e protestar contra aqueles que negavam a presença de Deus na hóstia sagrada.

De acordo com a Igreja Católica, durante a missa, no momento em que o sacerdote proclama as palavras “Isto é o meu corpo e isto é o meu sangue”, ocorre o ato da transubstanciação, por meio do qual a substância do pão e vinho (neste caso, a hóstia e o vinho) se transforma no corpo e sangue de Cristo. Este é o momento mais importante de toda a celebração de Corpus Christi – as hóstias até então não consagradas, tornam-se consagradas.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 30/05/2013
Reeditado em 30/05/2013
Código do texto: T4316583
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