A velha vitrola e os novos tempos!
A velha vitrola ainda toca os discos arranhados do meu pai. Não é o padrão de músicas de hoje, não há erotismo, apelações e letras sem sentido, mas tem toda uma história.
Vamos tomar por exemplo, a música do Caetano Veloso “Debaixo dos caracóis dos teus cabelos”, fez a referida em homenagem a Roberto Carlos e a esposa Nice que o ajudou após o retorno do exilio durante o golpe militar. Podemos também tomar por exemplo a canção de Cartola “O mundo é um moinho”, no qual ele fez para sua enteada que estava saindo de casa para prostituir-se, após ouvir a música, ela retornou ao lar.
Há também aquela categoria de música de protesto, representado por grandes letristas e poetas do naipe de Cazuza com a música “Brasil” e Renato Russo com a música“Que País é esse”.
Hoje, as músicas são apenas para renderem somas e mais somas de dinheiro e não para agradar o publico, tendo apenas batidas sem sentido e refrões de toda forma, sempre colocando a tona o erotismo e em algumas vezes a violência.
Talvez seja por isso que as pessoas estão tão insencíveis, o romantismo não é mais algo essêncial. Os pais que são coniventes com este tipo de “nova cultura”, não podem cobrar moral e respeito das crianças, as músicas hoje só ensinam o que passam erotismo e imoralidade.
Me entristeço quando vejo crianças de 3, 4, 9 e etc, dançando estas aberrações musicais. Não sei dizer se tudo começou na boquinha da garrafa, mas com certeza não vai acabar com o quadradinho de 8.
Goianésia, 29 de maio de 2013.
Aureliano Martins