Chuva
A forte chuva de sexta-feira (17 do corrente) foi tanta que inundou a minha rua e algumas transversais do bairro de Campo Grande=Recife. Devido ao grande número de entupimentos nas galerias subterrâneas, destinadas a escoar as águas da chuva, muitas casas foram inundadas e até o momento a Secretaria de Políticas Sociais não priorizou os serviços dentro do orçamento participativo da Prefeitura Cidade do Recife, nisso atendo-me apenas às promessas das campanhas eleitorais.
Incomodado com as queixas de moradores sobre o estado em que se encontram algumas ruas, um vereador chama os reclamantes de “despeitados”. Segundo ele, essas pessoas não são eleitores seus. O politiqueiro afirma estar fazendo muito pelas ruas do bairro, que ganhou iluminação a vapor de sódio graças ao seu prestígio, garantindo ainda que, com sua “recondução apoteótica” à Câmara, vai conseguir, este ano, o calçamento das ruas.
Revoltado, o poeta escreve sua poesia:
Está chovendo tanto,
que já inundou a minha rua.
Água caindo das nuvens,
eu até que não ganhei a rua.
Eu que me encontrava puto da vida,
e agora a calmaria e a tempestade,
Poeta me aconselhou:
Só nos resta ganhar a vida.
Naquele momento ocorreu-me uma inspiração feliz, que encerro com a poesia:
VIVER
Só com poesia
essa caminhada sua
a chuva molhando
as flores, as árvores...
À vida é jovem e poética
é como o espírito que renova.
Viver
esta vida nova.
Cheguei do Caminho.
Estou feliz!
Vale a pena viver!
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