FIM DE SEMANA EMOCIONALMENTE AGITADO
Desde a véspera, dia 24, tudo a correr. Tudo nos detalhes da pauta, no giro do cronômetro. Ligações, recomendações, últimos acertos, provas, e até ensaio. Para uma cerimônia em menos de 15 minutos a missa solene prolongou a celebração. Ao contrário da noiva, o noivo é sempre pontual. Pontualidade e expectativa nervosas. Mas estávamos todos ali, ao lado dele. Eu, irmão e padrinho, a vê-lo, admirá-lo e acalmá-lo naquela natural inquietação que dá um friozinho na barriga. Bonito. Você está bonito, meu irmão. Sempre foi, mas hoje está mais. E João sorria com um olhar brilhante e lacrimado.
De repente todos a olhar para a entrada da igreja: a noiva chegara. Ao lado do altar os pais e padrinhos, todos emocionados. Eu me segurando... Aquela marcha nupcial, o trajeto da noiva de braço dado ao pai, grinalda longa, buquê e aquele sorriso da Ingrid, como sempre o dissera ser tão radiante como o rosto da sua xará Ingrid Bergman.
João recebeu-a com um beijo. Levou-a ao altar sob olhares de todos. Cruzei meu olhar com o de Márcia; beijei-a, acariciei Gabriel. Enxuguei minha primeira lágrima. Começou a cerimônia; aquele breve ritual pelo qual já passei, tudo eu revivi. A vez era do meu irmão. E outro filme passou na minha mente. Em nossa infância e adolescência estávamos juntas; nossas brigas seguidas de abraços e reconciliação. Sim, era a vez do meu irmão e eu me emocionando a cada ato. A homilia, os conselhos do sacerdote, o sim, as alianças, o beijo. Na hora dos cumprimentos dei-lhe forte e longo abraço; beijei-o no rosto. E para descontrai-lo também lhe disse: você está ótimo neste terno azul escuro. Eu vim de grafite para não roubar a cena. Não convém que o padrinho apareça mais que o noivo. Ele entendeu a brincadeira.
Houve um número considerável de convidados, mas quase todos da família, exceto amigos comuns dele e de Ingrid. João não quis casar no Santuário Dom Bosco, onde eu me casei. Optou por algo mais simples, mas com muita beleza e emoção. Cibele Neuma cantou a Ave Maria de Schubert, e um quarteto de cordas acompanhou toda a cerimônia. A recepção, numa casa de eventos do Park Way, constou de um jantar até tarde, mas os noivos saíram mais cedo. Levei-os ao aeroporto, de onde seguiram para Buenos Aires, cortesia minha ao lhes ceder 7 diárias da Bancorbrás. De lá, por conta própria, irão a Punta del Este.
Domingo, dia 26, amanheceu com menos brilho, mesmo com os raios de sol. Ressaca de festa, com sabor de saudade. Mas uma boa sensação de haver presenciado a realização de um sonho. Família reunida na casa da mamãe. João e Ingrid foram assuntos no almoço de ontem. Eu estava cansado, mas feliz. Olhava o relógio prevendo chegar ao Estádio Nacional Mané Garrincha pelo menos uma hora antes, mas a área central do Plano Piloto estava toda interditada. Brasília parou em função do evento histórico. A abertura do Brasileirão, a presença de dois dos mais importantes times de futebol do país, e a despedida de Neymar do Santos, tudo isso na beleza monumental do novo estádio que coloca Brasília no centro das grandes decisões do futebol nacional e internacional. Por tudo isso o meu fim de semana foi muito especial e emocionalmente agitado.
Desde a véspera, dia 24, tudo a correr. Tudo nos detalhes da pauta, no giro do cronômetro. Ligações, recomendações, últimos acertos, provas, e até ensaio. Para uma cerimônia em menos de 15 minutos a missa solene prolongou a celebração. Ao contrário da noiva, o noivo é sempre pontual. Pontualidade e expectativa nervosas. Mas estávamos todos ali, ao lado dele. Eu, irmão e padrinho, a vê-lo, admirá-lo e acalmá-lo naquela natural inquietação que dá um friozinho na barriga. Bonito. Você está bonito, meu irmão. Sempre foi, mas hoje está mais. E João sorria com um olhar brilhante e lacrimado.
De repente todos a olhar para a entrada da igreja: a noiva chegara. Ao lado do altar os pais e padrinhos, todos emocionados. Eu me segurando... Aquela marcha nupcial, o trajeto da noiva de braço dado ao pai, grinalda longa, buquê e aquele sorriso da Ingrid, como sempre o dissera ser tão radiante como o rosto da sua xará Ingrid Bergman.
João recebeu-a com um beijo. Levou-a ao altar sob olhares de todos. Cruzei meu olhar com o de Márcia; beijei-a, acariciei Gabriel. Enxuguei minha primeira lágrima. Começou a cerimônia; aquele breve ritual pelo qual já passei, tudo eu revivi. A vez era do meu irmão. E outro filme passou na minha mente. Em nossa infância e adolescência estávamos juntas; nossas brigas seguidas de abraços e reconciliação. Sim, era a vez do meu irmão e eu me emocionando a cada ato. A homilia, os conselhos do sacerdote, o sim, as alianças, o beijo. Na hora dos cumprimentos dei-lhe forte e longo abraço; beijei-o no rosto. E para descontrai-lo também lhe disse: você está ótimo neste terno azul escuro. Eu vim de grafite para não roubar a cena. Não convém que o padrinho apareça mais que o noivo. Ele entendeu a brincadeira.
Houve um número considerável de convidados, mas quase todos da família, exceto amigos comuns dele e de Ingrid. João não quis casar no Santuário Dom Bosco, onde eu me casei. Optou por algo mais simples, mas com muita beleza e emoção. Cibele Neuma cantou a Ave Maria de Schubert, e um quarteto de cordas acompanhou toda a cerimônia. A recepção, numa casa de eventos do Park Way, constou de um jantar até tarde, mas os noivos saíram mais cedo. Levei-os ao aeroporto, de onde seguiram para Buenos Aires, cortesia minha ao lhes ceder 7 diárias da Bancorbrás. De lá, por conta própria, irão a Punta del Este.
Domingo, dia 26, amanheceu com menos brilho, mesmo com os raios de sol. Ressaca de festa, com sabor de saudade. Mas uma boa sensação de haver presenciado a realização de um sonho. Família reunida na casa da mamãe. João e Ingrid foram assuntos no almoço de ontem. Eu estava cansado, mas feliz. Olhava o relógio prevendo chegar ao Estádio Nacional Mané Garrincha pelo menos uma hora antes, mas a área central do Plano Piloto estava toda interditada. Brasília parou em função do evento histórico. A abertura do Brasileirão, a presença de dois dos mais importantes times de futebol do país, e a despedida de Neymar do Santos, tudo isso na beleza monumental do novo estádio que coloca Brasília no centro das grandes decisões do futebol nacional e internacional. Por tudo isso o meu fim de semana foi muito especial e emocionalmente agitado.