Olho a janela. Uma brisa marinha com gosto de sargaço me faz olhar em direção ao mar. Uma barra vermelha pinta no horizonte e anuncia a chegada do sol. Respiro fundo, como engolindo tudo isso. É um momento de paz, de quietude...
Mas, certamente o que me fez ver e sentir tão intensamente esse momento tem um nome: Felicidade. Estou feliz. Parece uma afirmação tola, banal, quase vulgar. Estou feliz. É tudo que queremos. Felicidade ao alcance de todos e em módicas prestações mensais. Parece lógico, palpável, possível de ser vivido, alcançado. Mas, não. Muitas vezes temos o quadro completo para que sejamos felizes e ela não acontece. Inexplicavelmente ela passa ao largo e resiste em aportar em nosso porto. Quais os motivos reais? Não sabemos.
Agora mesmo estou feliz. Uma sensação de plenitude me enche. Eu nem sei definir o que está me acontecendo, mas posso dizer que as cores estão mais fortes e os cheiros mais acentuados. Me vem uma vontade louca de partilhar com todos essa felicidade.
É possível ser feliz com pouco, basta que estejamos dispostos a isso. Que saibamos receber a felicidade mesmo que ela esteja de formas ou tamanhos diferentes. Sempre será felicidade.
A minha atende pelo nome de Dorival. A certeza que sou correspondida faz meu sentimento completo.
Obrigada amor por esse presente. Saberei conservá-lo. E que seja infinito enquanto dure.