Tradicional ou Moderno?
Quem só vive da lei fica preso. Não sai do lugar. Quem só vive contra a lei, nunca se estabelecerá. Ficará sempre no campo da revolta. Nem adianta ser sério demais - sisudo - pelas Leis. Nem adianta chutar o balde. O primeiro é o menino querendo ser sempre o adulto. Não passa de um adulto chato. O segundo, questiona sempre o adulto, mas no fundo não passa de um menino. É infantil porque questiona tudo e todos.
Entre o que segue sempre a Lei, e nunca transmite bobagem. E, o outro que vocifera bobagem a tudo e todos, melhor não ficar com nenhum dos dois. No entanto, não dá para eliminarmos suas idéias. Precisamos, aproveitá-las.
Do primeiro, devemos tirar o proveito da legalidade. Num órgão público, sem Lei as coisas não funcionam. Sem Lei, há uma tendência grande de tudo virar concessão. E, onde há concessão, há benefícios em demasia. O resultado é que o excesso de concessão gera improdutividade, preguiça, disputa de poder, inveja, irritação entre os colegas, injustiça etc. Do lado dos que só se revoltam com tudo, também será ruim, pois a origem da revolta é advinda de uma briga com o Pai. E, aí, podemos perder nosso lugar. Precisamos respeitar as tradições. Não dá para brigar com tudo e todos. É preciso focar na contestação. É preciso saber contestar. A briga só é interessante, quando dela se quer melhorar. Ou seja: quando a contestação é no sentido de tornar a coisa mais produtiva, isto é, mais veloz e eficiente, aí convém questionarmos as coisas.
Nem adianta ser somente tradicional - legalista, nem adianta ser somente moderno - liberal. É preciso saber lidar com as duas tendências na gestão. Quem só burocratiza, deveria ser retirado do seu posto. Quem, só quer modernizar, mas não dá a base, deveria ser questionado também. É preciso conciliar os dois.