Meus amigos, hoje mais uma vez tive a felicidade de me deparar com o sujeito mais corajoso e de personalidade que eu conheci na minha vida, além de super engraçado.
E porque isso? Posso explicar.
Acho que apenas descrevendo-o todos me entenderão.
O camarada é alto, magro, bem magro, com a calça sobrando na bunda, desculpe o termo chulo, mas teria que mencionar isso.
Até agora acho que não os fiz enxergar a figura, continuando.
Sempre se alimentando, em pé, no meio da multidão de passageiros, um guaraviton e um salgado, nada demais, certo?
Certo, nas sociedades mais evoluídas as pessoas fazem o mesmo, caminham comendo enormes sanduíches, ou mesmo nas conduções, sem se importarem com as migalhas e farelos que caem sobre as outras pessoas que se encontram sentadas.
Mas, voltando ao nosso amigo e voltando à descrição do seu estilo de vestir-se.
Calça jeans, camisa pólo, sapato do tipo tênis, tudo mais que normal a não ser mais alguns detalhes:
Ostenta o cidadão uma graciosa pochete de couro, devidamente colocada acima da cintura e em cima da camisa, bem na frente e de um tamanho um tanto grande.
Para combinar com o modelito, exibe um elegante crachá de empresa e após terminar o lanche, sempre segurando um chaveiro com uma chave de automóvel.
Todos o olham como que vendo um E.T. e ele não está nem aí para ninguém, fica andando impacientemente de um lado para o outro, balançando as chaves com as mãos para trás.
Hoje percebi duas moças que morriam de rir, cochichavam e riam-se dele, que não percebia e continuava seus passeios pela embarcação.
Juro que senti vontade de fotografá-lo, mas é claro que me contive, afinal direitos de imagens andam pela hora da morte.
Pensei até em dar os parabéns pela sua coragem em não dar a mínima para ninguém e manter-se fiel ao estilo de ser.
Um cara que usa pochete, crachá, faz lanche andando de maneira intermitente durante os quase 15 minutos da sua travessia entre Rio de Janeiro e Niterói e vice versa.
E hoje resolvi escrever esse texto e torcer que algum amigo algum dia tenha a sorte de vê-lo e constatar minha humilde anotação.




Foto: google

José Benício
Enviado por José Benício em 24/05/2013
Reeditado em 24/05/2013
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