Ela
A conheci quando era criança. Então... sabe né. Foi crescendo, crescendo, crescendo... se tornou adolescente.
Quis só ela, desejei, no início de tudo, só ela. Mas o instinto da que a colocou no mundo, falava de um jeito diferente, me convencia a cada dia de um jeito diferente e desejei mais.
Não pensei que seria tão ruim dividir o que eu tinha e podia dar entre elas e ele. Como se não bastasse decidi por mais. Agora eramos cinco.
Para ela era uma luta desigual, mas gostava do último e não suportava o primeiro.
Quis eu que fosse dividido o que eu tinha igualmente, nunca fiz distinção e tratava cada qual conforme sua exigência e sua necessidade, que crescia. Mas chegou mais - agora eramos seis. Era como uma promessa de que tudo ficaria melhor.
Como antes, no início tudo era tão bom, mas começou a mudar. Mas logo decidiu partir. Partiu. Não estava na direção que nós e os filhos d'Ele gostaríamos que estivesse. Deixou um ambiente diferente do que estava - que culminou na separação daquela a qual quer tratar esta escrita. O que era inteiro como aliança, ficou rompido, em partes. Não consertado, sem previsão de conserto, a não ser Naquele Dia, no qual seremos julgados - todos. A adolescente já criada com amor, embora se contradiga por ela mesma, foi com ela.
Esta lá, se tornando o que dantes fora. Está magoada, cheia de rancor, ressentida, se sentindo injustiçada, culpando-nos de não lhe dar aquilo que merecia.
Não peço pra você Primeira voltar. Apenas que aceite meu pedido de perdão. Até quem te colocou no mundo você priva do direito que somente a ela pertence.
ELE me mostrou como você está, desta forma não vai subir. Repense com a que está hoje na sua companhia, cujo título lhe é próprio para certas circunstâncias, se o caminho que tomastes, como tomou, foi de forma coerente.
Se volte a Ele, Ele dirá o caminho a seguir. Espero apenas isso, pois já não posso te dar mais nada, só Ele pode. Não faça por mim, apenas por você e por aquela que espera o carinho e reconhecimento seu.