SER FELIZ.

Parece complicado, mas é fácil. Viver dentro de suas possibilidades, sejam quais forem, alcançados os patamares possíveis. Se pode realizar um gosto, seja dentro de seus limites, para não carregar a sequela da aflição do resgate do que não se pode resgatar com tranquilidade, materialmente e sentimentalmente.

Se comer no self-service da esquina dá prazer, faça-o, o restaurante quatro ou mais estrelas é caro, fica pendente a conta. Se pode viajar para as proximidades de sua casa, cem, duzentos quilômetros, mesmo enfrentando congestionamentos e te dá prazer, realize. É sofrimento que compensa....

Só não dê voos que não estão ao seu alcance, irão te esmagar depois suas contas, impagáveis. Este é o mal do mundo que néscios desconhecem e rotulam de adjetivação sem meandros razoáveis. Inflação é gastar o que não se tem. Mas existem os que nada gastam para entesourar e ter uma vida de baixíssima qualidade, são os avaros, algozes de si mesmos. São as piores personalidades que habitam esse planeta, não gostam de si, imaginem dos outros.

Sentimentalmente perdoe, esqueça afrontas que podem ser sublimadas para que convívios subsistam. Renuncie a ser opinioso, silencie. Mais vale uma renúncia compreensiva em prol da harmonia, do que o enfrentamento, sempre divisionário e desgastante.

Ninguém será feliz se não doa o mínimo, não falo quanto aos estranhos, que também merecem nossa máxima atenção, respeito e solidariedade, mas aos próximos. Ninguém pode ser feliz ausentando-se do amor mínimo, que deve aos semelhantes porque chegou ao mundo e respira o oxigênio que é de todos, mas é cota de compartilhamento universal. Haverá sempre uma fenda aberta como chaga, que pode não se manifestar vinda dos próximos, embora ardendo e incendiando espíritos tolerantes, silenciosamente, por necessidade vitimados pelo relacionamento em desamor, dependentes e frustrados, que estão como ferida aberta neles, e assim vivem, e espelham isso em suas fragilíssimas fisionomias. Seja feliz vivendo seus espaços sem aumentá-los ou diminuí-los, para que a vida seja bela, mas principalmente, não maltrate os que de você dependem, com egoísmo e ausências. A felicidade só chega se fazemos nossos próximos e não próximos felizes. O nome disso é amor.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 23/05/2013
Reeditado em 23/05/2013
Código do texto: T4305189
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