CONSCIÊNCIA INCONSCIENTE.

Existem paradoxos reais. Uma realidade visível, que se assiste como a um filme. É assim na consciência inconsciente. O quê é isso? Desenvolve a pessoa para si, uma consciência deformada do usual, que pensa ser sadia em princípios e posturas. Estamos diante de uma consciência negativa que se entende positiva. Nessa farsa vivencial, assume inconscientemente uma verdade só sua, já que de fato seu padrão de verdade é falso para padrões comuns. E crê, fortemente, que domina um papel de importância fundamental no entorno social, quando mesmo no seio intimista de seus relacionamentos essa pessoa é ironizada.

A realidade envolvida neste paradoxo, é que a pessoa não está mentindo para sua realidade, está firme em sua certeza de que é o centro de atenções difusas, festejado e enaltecido. Há nesse diapasão um perfil acreditado de prestígio de alto grau. É a certeza do que para todos, unanimemente, é pura inconsciência de sua estatura.

Essa inconsciência se funda em qualidades e troféus conquistados pela ficção. E nada do que entende adquirido integra esse patrimônio pessoal, filho do sonho, a todo instante sonhado existir.

Não existe o reconhecimento curricular, habitual, expressivo, legítimo e verdadeiro, o lacre litúrgico para a sociedade do valor, mas existe para a inconsciência consciente do detentor desses lapsos. Existe uma procissão de feitos do que pensa existir, uma consciência inconsciente avulta desses porões das calamidades do personalismo falacioso. São personalidades deformadas. Por vezes formam uma pequena tribo com as mesmas sequelas fruto de necessidades propositivas de afirmação.

São seres fragilizados, temerosos e temerários, inseguros, com o insucesso da vida a bailar seus passos. Problemáticos, precisam atenção no convívio, para que a surpresa não atinja os que têm real consciência do que seja a vida e a inconsciência desses seres, os ETS que se escondem de si mesmos, e pior, de forma consciente.