Diamante.
Só conhece uma pedra verdadeira e sem jaça, um perito.
Normalmente todos verão como um pedaço de vidro sem valor.
Comigo foi assim, mas alguma coisa, intuição talvez.
Me dizia que você era especial.
No contato diário eu tinha a necessidade de ao afastar-me retornar imediatamente, como o viciado à droga ou o sedento à água fria, que mata sua sede.
Isto foi acontecendo cada vez com mais freqüência, a ponto de tentar uma aproximação mais amigável (namoro) e logo depois (casamento).
Aí adveio o normal para alguém como eu, o ciúme doentio, a preocupação.
Mas debalde tentei descobrir algum defeito, falha.
Não havia, sua sinceridade à prova de qualquer teste.
Convencido de sua fidelidade propus casamento.
Alegre recebi sua resposta afirmativa.
Além de todos seus predicados, mais um surgiu proteção.
Cuidando de mim como ninguém fizera até então.
Deste romance vieram as filhas, namoradas também, cuidavam também, mas com uma pitada de ciúme, herança minha.
Após vieram os netos e feliz constatei que a vida é bela.
Tenho filhos e netos, mesmo assim nunca deixei de lado meu diamante.
Com o passar do tempo o amor aumentou, e acrescentou a isto amizade, respeito enfim tudo que complementa a felicidade do casal.
Oripê Machado.
Veneno de Cobra.