Filme chamado Brasil

Sabendo que existem pessoas que gostam de ler, faço cá as minhas escritas com observações sobre o comportamento do nosso povo. Perante a lei, ao menos, todos nós somos iguais, mas será? Não acredito que no nosso Brasil se tenha uma educação básica que nos prepare para vivermos felizes da vida. Observo sempre que a maioria dos que nascem neste país não tem preparo para viver dignamente, e não tem sequer o primário. Continuo dizendo que a culpa é do governo. Por que, do contrário, será que os meninos e meninas têm culpa? Claro que não.

Pergunto a mim mesmo até quando assistiremos a esse filme chamado Brasil? Será que tenho esta percepção mais extraordinária do que a maioria da população? Penso que não devo deixar de escrever denunciando as injustiças sociais e responsabilizar os governos federal, estadual e municipal. Com esses embaraços não venham me dizer que não foram eles que ensinaram o povo a mania de freqüentar as igrejas com confissões, esmolas pelo amor de Deus, com orações dirigidas a Deus ou a um santo, pedindo ajuda ou auxílio para as pessoas necessitadas, embora até hoje isso não tenha adiantado nada. Os políticos, por sua vez, nunca mostraram interesse para sanar, por exemplo, o sofrimento dos sertanejos e o que eu vejo é muita politicagem para tirar proveito da situação critica em que encontram esses povos. Digo o mesmo com relação à importância que se aprendeu a dar ao futebol. A Copa do Mundo vem aí, mas será que o povo não ficará eufórico demais ao ponto de esquecer do mundo? Quem não se lembra quando os militares estavam no poder nos anos 70 e ganhamos a Copa do Mundo e eles pintaram o sete sem que o povo, em festa, nada percebesse?

Enfim, termino esta crônica com a poesia intitulada “Filme chamado Brasil”:

Estamos assistindo esse filme

Chamado Brasil!

Todos nós sempre temos dito:

“Esse filme já passou”

Já dizia Machado de Assis:

“A hipocrisia é a solda que une a sociedade”.

Quem nos ensinou viver assim?

No despertar de um novo horizonte...

Qual de nós sentirá recordação?

Será difícil reverter esse quadro!!!

Como diz Chico Buarque:

“De que me vale ser filho da santa?

Melhor seria ser da outra”.

Fora à mediocridade

Viva o Brasil!

Nota – “Filme chamado Brasil”, extraído do livro:“Miscelânea Recife II”, p.33- ed. esgotada.

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José Calvino
Enviado por José Calvino em 21/05/2013
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