"MEUS TEMPOS DE CRIANÇA'

" MEUS TEMPOS DE CRIANÇA"

Ah! Como sinto saudades do meu tempo de criança. Tudo era belo

e tinha o perfume das flores. Corria pelas campinas, com o estilingue nas mãos à procura de passarinhos. Não matei nenhum, graças. Entretanto, ouvi muito o cantar da juriti e o arrulhar das rolinhas. Ainda me lembro dos gritos estridentes dos periquitos, na areia quente dos rios. Tudo "em volta era só beleza".

Bom, mas tudo continua belo e perfumado. A vida me deu um filho maravilhoso, que me presenteou com uma netinha e um netinho formosos. Fiz muitas amizades sinceras e, porque não dizer, encontrei nesta caminhada algumas pessoas que não gostam de mim. Tudo bem,

faz parte do espetáculo. A vida tem seu percurso natural "enquanto uns choram, outros riem". A mim me parece que foi Machado de Assis quem disse esta obviedade. É, mas entre choros e risos estou acrescentando mais um ano de vida no meu calendário temporal. A saudade dos tempos idos, não significa que não sorrio com os tempos vindos. Tudo continua só beleza, só amores com o perfume das gardênias e de todas as outras flores. Apenas, UM ANO MAIS VELHO. Meu sorriso continua o mesmo. Leve, ora mais aberto. Mas, sempre amigo, sempre amando aqueles que me ajudam a caminhar com passadas mais lentas, amando até mesmo o vento que me impede de caminhar mais rápido.

Destarte, meus amigos do Recanto das Letras e de alhures, eu agradeço a Deus pelo sopro de vida que me deu, a meus pais que souberam abrir caminho para que eu caminhasse e a todos os amigos que me emprestaram sua paciência, sua bondade, seu carinho e seu alento nas horas ou momentos em que eu agonizei. Nada demais, APENAS ESTOU FICANDO UM ANO MAIS VELHO, SÓ ISSO. BEIJO, para as mulheres e ABRAÇOS para os homens.

Este é o meu texto número 300.

INTERAÇÕES:

ANNA LUCIA GADELHA (obrigado)

Se eu pudesse te daria o céu

Se eu pudesse te daria o mar

Mas eu posso tirar o meu véu

E sentir teu coração pulsar.

EDNA LOPES (obrigado)

"Eu daria tudo que tivesse

Pra voltar os tempos de criança

Eu não sei porque a gente cresce

E não sai da mente esta lembrança".

JAJÁ DE GUARACIABA

Nos meus tempos e criança

Muita bobagem eu fiz

Cansei de fazer lambanças

Mas jamais fui infeliz.

Antonio Tavares de Lima
Enviado por Antonio Tavares de Lima em 21/05/2013
Reeditado em 10/07/2013
Código do texto: T4300890
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.