A dor da vida

A dor da vida

Hoje me pergunto como pode haver sofrimento. Deixamos de lado as pessoas que realmente importam nas nossas vidas, para ir atrás de algo que apenas não nos fazem “felizes”, mas as a felicidade esta nas coisas simples da vida. O sofrimento é algo que massacra por dentro, deixando as pessoas desamparadas e sozinhas. O meu trabalho é de procurar por pistas de alguma morte ou coisa do tipo. Ontem fui chamado para um caso, que aconteceu em um asilo. Uma senhoria havia entrado em óbito, não sabíamos se era assassinato ou morte própria.

Chegando ao local, pode ver a mulher sentada em uma poltrona já muito desgastada, com ela estava um livro de receitas, que aparentemente teria sido escrito por ela, cheguei perto daquela senhora e folheei o livro de receitas, dentro do livro havia uma carta, e nessa carta contava os sofrimentos vividos por ela. Na carta dizia assim:

“Aonde andaram meus filhos? Esses filhos que cuidem com tanto amor e em meus peitos foram amamentados, estarão tão ocupados, talvez, que não possam me visitar, ao menos para dizer “olá, mamãe.”?

Há se eles soubessem como eu sofro por esta aqui. Sinto-me jogada as traças e desamparada, o meu sofrimento e maior do que a dor do desaponto por meus filhos. Se ao menos eu pudesse andar, mas preciso da ajuda de pessoas para me levar ate o jardim que hoje já conheço como a palma da minha mão.

Olho todos os dias para a porta de entrada do asilo, esperando que uns dos meus filhos entrem por aquela porta, mas os dias passam e as horas se vão e a minha esperança também.

Sinto o fim da vida chegando, e nem ao menos pode ver os meus netos, devem estar lindos. Mas a esperança se arrasta para longe de mim me deixando só, me levando embora pra nunca mas voltar, as vezes em meus sonhos vejo uma linda paisagem, os caminhos são floridos e muros não existem, lá me sinto livre, me sinto mas eu, e vejo que nesses caminhos não a dor, somente alegria, mas quando eu acordo e vejo a minha realidade, vejo que eu vivo e sinto a dor da vida, vida esta que não existe mais.

Gostaria que alguém encontrasse essas minhas anotações e divulgassem para todos, que nunca devemos pensar somente em nos, pois nunca vamos saber o sofrimento que os outros passam. E que meus filhos saibam que os amos muito e perdoou eles, pois o perdão e algo que posso dar nesse momento. Sinto minhas forças acabarem e vejo que e hora de partir. Mas sei que vou praquele sonho, que tanto quero sonhar.

Logo depois já sabia o que tinha acontecido com aquela senhora, seus filhos aviam deixado ela no asilo para sofrer, então declarei ao juiz abandono de incapaz, seus filhos tiveram que cumprir cinco anos de prisão mas a justiça desse pais e tão fraca que eles não cumpriram nem cinco meses, foram libertados por um abres corpos. Mas seis que a justiça da vida ira condená-los.

delaury
Enviado por delaury em 18/05/2013
Reeditado em 19/05/2013
Código do texto: T4297185
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