AS MARAVILHOSAS REDONDAS

AS REDONDAS MARAVILHOSAS

26/01/2010 – Quando por volta do início dos anos 50 do século passado, três italianos abriram o Restaurante Napolitano, foi um sucesso que tomou conta da pacata Santo André. Ainda garoto imberbe, sempre levado pelo Bento, casado com a prima Olga, quase todos os sábados íamos lá comer a pizza, o carro chefe do restaurante. Era uma verdadeira festa.
Naquela época, como até hoje se vê, o programa do andreense era se deliciar nas pizzarias. Que eu me lembre, havia somente dois tipos das célebres redondas. A de aliche e a de mussarela, podendo ser pedida a mezzo alice e mezzo mussarela. Logo depois, veio a de calabresa. Bem diferente de hoje, quando se vê nos cardápios, quase que uma centena de tipos. E, em cada pizzaria, esse número cresce, com o aparecimento de novos recheios. Sinceramente, para mim, só uma diferente das três originais me agrada. A de atum. O resto, como muitos classificam, é torta.
Mais para o fim da década de 50, apareceram algumas outras pizzarias, como a até hoje famosa Pizzaria Jóia, montada pelo Waldemar Marcolin, que se tornou conhecidíssimo, na cidade. Ficava na Quinze de Novembro. Outra que fez tremendo sucesso, por esses anos, foi a dos Dall’Ólio, na rua General Glicério, muito frequentada pelos casais de namorados, após o término da primeira sessão, aos domingos, do Cine Tangará, e depois do “vai-vem” das moças, pela Oliveira Lima, do cinema até o Largo da Estátua. O ponto alto desse trajeto era a passagem pelo Bar Quitandinha, onde os jovens pertencentes ao Clube Panelinha se reuniam. Ali, as meninas aproveitavam para o segundo flerte semanal. O primeiro, já havia acontecido, pela manhã, na saída da missa das 11, defronte a Igreja do Carmo, hoje a nossa Catedral.
Na Dall’Ólio, quem não se lembra, trabalhavam como garçons, um, o Cuco, que imitava o pássaro do relógio, e o Santo Padovese, que depois montou o famoso buffet, até há pouco tempo mantido por seus filhos.
Continuando nossa trajetória pelo reino das famosas redondas, nessa época, teve sucesso, também, a Pizzaria Queiroz, na esquina da Alfredo Flaquer, com Coronel Ortiz. Era onde se reuniam, normalmente, os frequentadores dos bailes do Aramaçan. Famoso ali, o pizzaiolo Bigode.
Santo André, por ser uma cidade onde a colônia italiana sempre predominou, é, ainda agora, possuidora de um grande número de pizzarias. Seja em qual bairro for, existem inúmeras. Mormente, aquelas que fazem entregas, pelo chamado sistema de delivery.
Atualmente, a San Marco, que foi montada nos anos 70, é a mais requisitada da cidade, sendo a minha preferida.
Acompanhando o exemplo da Capital, a população de Santo André também elegeu essa famosa comida italiana, como a sua predileta, transformando o sábado como o dia preferido em transformar as pizzarias como ponto ideal para a reunião familiar. Além de ser um lugar alegre, onde normalmente se encontram velhos amigos, a pizza é uma refeição bem econômica, em comparação com outras variedades de pratos, pois, dá condições para um maior número de pessoas se servir.
Em tempo de crise...!
 
Aristeu Fatal
Enviado por Aristeu Fatal em 17/05/2013
Reeditado em 21/10/2013
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