CRONICA DE UMA TARDE

O sol escaldante deu lugar a uma brisa morna, mas suave. È aquela hora que voce tem que usar as mãos acima dos olhos para conseguir ver melhor o mais distante. A esquina onde tem aquele barzinho de nome extragavante" BAR DAS ONDAS SONORAS" era uma parada obrigatoria de toda sexta-feira, onde podia encontrar alguns amigos, e contar com eles nesse dia. Era uma mistura de classes sociais e profissionais, que afrouxavam a gravata e o colarinho da camisa, ou simplesmente vinham de bermuda e camiseta. Alguns se conheciam há tempo, outros só sabiam que toda sexta-feira estava lá, até ouvia-se algum comentario sobre quando esse ou aquele faltava. Era uma familia que se conheciam de olhos, de parentesco familiar, de empresa. Parece que todos sabiam a vida de cada um, tal a identificação que tinhamos . Somos desconhecidos amicissimos. sempre tinhamos um "oi" ou "ola" como cumprimento. E assim foi a tarde, a noite no" ondas sonoras" onde a sonoridade da convivencia, era um desafogo da semana, onde toda sexta-feira, nos preparavamos para o final de semana: sem graça, com hulk no sabado e faustão no domingo.

Tomara que" ondas sonoras" tenha folego para nos embalar nessas ondas onde o desequilibrio era o troféu de toda tarde de sexta-feira.