A FLOR AZUL
Existia um reino muito distante onde imperava o rei Fextor e sua esposa a rainha Naftali, eles tinham dois filhos a bela princesa Sofia e sei irmão Heitor; Esse reino era muito pacifico e o rei um monarca muito justo, sempre colocava o interesse do povo em primeiro lugar, por isso o povo o venerava, no entanto sua esposa e seu filho eram verdadeiros tiranos, sempre maltratando a criadagem os soldados e as pessoas do povo. Sua filha por sua vez era igual ao pai, uma princesa que todos adoravam.
Um certo dia a princesa adoeceu, ficou com uma febre alta e intensa, ficou fraca tão fraca que teve que ficar acamada, o povo chorava pela princesa e ficavam em vigília defronte ao palácio, todos apreensivos e preocupados.
O rei chamou sábios, curandeiros, todo tipo de pessoa que pudesse ajudar, até mágicos e pessoas dedicadas a magia negra, ele estava desesperado, enquanto que a mãe e o irmão pouco se preocupavam.
O rei então conversou com um sábio que era de sua total confiança e lhe perguntou, se sua filha iria morrer, o sábio pensou por alguns instantes, colocou as mãos na testa da moça e disse ao rei, sim ela não vai resistir e em breve perderemos a princesa.
O rei começou a chorar muito, e se lamentar, ele dizia porque a princesa tão jovem e bela com a vida toda pela frente, porque não ele que estava velho e já tinha vivido muito.
O sábio lhe disse que as coisas não eram bem assim, existia um propósito para tudo na vida, e talvez o rei ainda tivesse uma missão á cumprir, por isso os deuses queriam poupá-lo.
O sábio sentou-se em uma cadeira baixou a cabeça e ficou em silêncio pensando, o rei só se lamentando, enquanto sua esposa e filho só resmungavam, sem se preocupar com a doença da moça ou o desespero do pai.
Após algum tempo o sábio levantou sua cabeça e disse ao pai, há uma esperança, uma luz brilhou em minha cabeça e alguma coisa surgiu, a vida da princesa pode ser salva.
Diga então o que tem que ser feito, farei qualquer coisa, para salvar minha filha, e o sábio prosseguiu não está em suas mãos, vou lhe dizer o que tem que ser feito, em uma montanha a leste a muitos dias daqui em seu topo existe uma flor azul, essa flor só nasce uma vez cada dez anos, e em minha visão enquanto estava em silêncio eu a vi ela está lá, más só dura 72 horas depois ela murcha e seca, más somente uma pessoa virgem e com o coração puro pode colhê-la e trazer, assim deve ser feito um chá e lavado o rosto da princesa com esse chá e depois que acordar deverá beber um pouco do chá.
Más se fica tão longe como alguém poderá chegar até lá antes de 72 horas, e quem poderia enviar para esse lugar, o filho prontamente se ofereceu, não disse o sábio você não tem as qualidades, como se atreve, disse a rainha, o rei pediu para ficar a sós com o sábio, e lhe perguntou, quem enviarei. O sábio baixou novamente a cabeça e voltou a pensar, após instantes, disse ao rei, existe aqui em seu reino um jovem cujo os pais o criaram com muito amor, eles acreditam que existe um só Deus e a mulher teve um parto difícil e quando teve o menino prometeu que se ele vivesse e tivesse saúde o dedicaria á seu Deus, esse menino foi criado como um monge, hoje já é um belo rapaz.
O rei chamou seus soldados e mandou que o buscassem, o príncipe por sua vez e sua mãe ouviam tudo atrás da porta, e a rainha disse ao filho, você tem que impedir, se a princesa se salvar você nunca será rei, terá sempre que dividir com ela o trono, e se casar-se, pior ainda.
Trouxeram o rapaz até o rei, que lhe contou tudo junto com o sábio, que lhe fez muitas recomendações, o rapaz simplesmente ouviu e disse que iria fazer tudo conforme recomendado, e iria salvar a vida da princesa.
O rei mandou selar o melhor cavalo, deu-lhe muitas provisões e ferramentas que poderia utilizar na empreitada e recomendou você só tem 72 horas ou a princesa morre.
O jovem saiu como um raio, na direção leste, a procura da montanha e da flor, galopava com todas as suas forças.
O príncipe por sua vez o seguiu acompanhado de uma tropa de soldados, que nada sabiam, ele lhes dissera que o rapaz era um traidor que roubara seu cavalo e tinha que morrer.
O rapaz cavalgou o dia inteiro, e muito cansado entrou por uma trilha na mata chegando a beira de um riacho, onde parou para beber água e dar ao cavalo.
O príncipe que estava em seu encalço o perdeu, e ficou dando voltas com os soldados, a procura do rapaz, nada encontrando disse vamos nos separar, cada um vai por um caminho, e assim fizeram.
Quando o príncipe passou debaixo de uma arvore uma cobra muito venenosa pulou em seu pescoço e o picou, ele caiu do cavalo que desembestou pela mata.
O rapaz que estava próximo correu e avistou o príncipe caído, prontamente, sacou uma faca cortou o local onde a cobra havia picado e sugou o sangue contaminado, colocou-o deitado em seu cavalo e prosseguiu viagem.
Más durante a viagem notou que o príncipe ardia em febre, ele não conseguira sugar todo o veneno, más tinha que continuar, agora mais do que nunca precisava da flor, ou o pobre rei iria perder os dois filhos.O príncipe piorava e quase não respirava, o jovem estava preocupado, parava molhava a testa do príncipe tentando baixar a febre e nada. Até que chegou a montanha, colocou o príncipe na sombra de uma árvore e começou a subir a montanha.
Era uma montanha muito íngreme e quase não conseguia se segurar, em alguns momentos quase caia, más se segurava conversava com seu Deus e pedia ajuda, depois de muito tempo subindo, avistou uma árvore, amarrou nela uma corda conseguiu chegar ao cume, onde avistou a flor, era a coisa mais linda que já havia visto, um azul tão intenso que ardia os olhos, dava pena colhê-la, más tinha que fazer era sua missão, antes de colher ajoelhou-se, diante dela e exclamou, “Perdão bela flor, por ter que te retirar do lugar onde Deus escolheu para que imperasse, más eu tenho certeza que Ele me compreende que só faço isso por uma boa causa”.E colheu a flor, embrulhou-a cuidadosamente como o sábio lhe recomendou e desceu rapidamente a montanha.
Quando chegou ao solo, correu até o príncipe que já não apresentava sinal de vida, massageou-lhe o peito molhou novamente sua testa e observou que ainda respirava com dificuldades.Começou a chorar e pedir a seu Deus que salvasse o príncipe, e nada.Apanhou a flor e pensou, o que devo fazer, apanhou uma caneca fez uma fogueira, colocou água e colocou a flor dentro para ferver, fez um chá molhou a testa do príncipe, que lentamente foi despertando, então deu-lhe o chá para beber, o príncipe ficou bom logo, se sentou bebeu água e lhe perguntou o que acontecera, o rapaz contou tudo ao príncipe, que prontamente lhe disse você salvou minha vida, você trocou a vida de minha irmã pela minha. O rapaz apenas disse agora não sei o que faço, tenho que voltar ao palácio o que o rei ira fazer comigo.Não se preocupe eu o defenderei, voltemos ao palácio, e assim o fizeram.
Quando chegaram o rapaz se apresentou ao rei e entregou o resto do chá que sobrara, com a flor dentro e contou todo ocorrido, a rainha abraçou o filho chorando muito e agradeceu ao rapaz, o rei por sua vez se revoltou, que direito tem você de escolher, você matou minha filha.
O sábio que estivera todo tempo no quarto junto a moça, saiu e disse ao rei, não se preocupe a princesa despertou, e está bem, más como disse o rei, quando o rapaz deu o chá ao seu filho ele clamou ao seu Deus e Ele deixou a sabedoria e a bondade do coração desse rapaz tomar a decisão, e quando seu filho tomou o chá a princesa despertou.
Daquele dia em diante o príncipe e a rainha mudaram, entenderam que todo mal que praticavam voltava para eles mesmos, o rei procurou a família do rapaz que o receberam muito bem, ele queria conhecer o Deus daquela família, e eles lhe contaram sobre Abraão, Isac, Jacó e Moisés, que seu Deus tinha criado tudo, então o rei e a rainha disseram se foi seu Deus que salvou nossos filhos agora seremos seus seguidores, e faremos o povo também segui-lo.
E o rei mandou destruir todas as estatuas e deixarem de fazer todos os sacrifícios aqueles deuses que antes acreditavam, construiu um templo onde todos se reuniam para adorar o Deus de Isac e Jacó.
O rei ofereceu a mão de sua filha ao rapaz, se casaram e foram muito felizes.