Fendas na vida e o furo do alfinete

O aumento gradativo ou violento da ofensiva, de medidas e proporções adquiridas, exercidas, proferidas, tomadas ao longo da caminhada. Tudo quanto acomete e envolve o sujeito, lhe traz e acarreta algo na alma, no coração.

Uma vida resolvida é aquela sem queixas e lamúrias de um passado remoto e distante ou até mesmo do acontecido a alguns minutos atrás ou no dia anterior.

Pessoas que encontramos e situações que vivenciamos, forjam e moldam, influenciando parte do que somos, despertando o vivente, anestesiando-nos e deixando dormente.

Assim, conforme a vida vai se prolongando, nos aprouve e compete resolvermos pendências e tendências de atitudes individualistas e momentâneas.

Atitudes estas que na sua maioria são frutos indevidos do furor não pensado, no tocante ao próximo, egoísta, sem a devida vigilância dos atos e das palavras desferidas, lançadas ao lado, no outro, o próximo, semelhante.

Logo, depois da ira vem a ação e a palavra que não dita na cautela deteriora e banaliza os laços, desafeto, as relações.

O tempo vai passando e aquilo que outrora começou como um furo de alfinete transformou-se numa enorme fenda na vida, ou melhor, na alma.

Surgindo em seguida, lá no interior um certo complexo não reconhecido, um trauma não identificado, um abatimento ou apatia esquecido que buscou-se recompensar com uma falsa medida.

Provisória, pois nada advindo desta cirscunstância é definitivo e seguro. Então preenche-se e cerca-se o caminho com a maior variedade possível de gostos e maquiagens para que a cada dia a ilusão se complete e se possa dar outro passo no silêncio forçado da melancolia, existindo apenas na periferia do mundo.

Mas chega a hora que algo pulsa por dentro, e alguém bate pelo lado de fora pedindo educadamente; deixa eu entrar.

Durante esta vida, algumas vezes esta pessoa, a Plenitude, através do seu Amigo, procurou chamar-me a atenção e fazê-lo reencontrar.

Queria um lugar para ficar, ajudar a tapar e reparar o furo do alfinete,e consertar, possibilitando um novo pensar sobre estas fendas na vida.

De sete em sete fora mudando, sem perceber, até onde podia, fora negando.

Mas negar este que é o verdadeiro medicamento, na realidade a única dose que sara todas as feridas, fora suicídio e definhamento, do coração, da alma e da mente.

Somente aceitando-o e seguindo seus passos é que se pode chegar a algum lugar, levando consigo a paz que não se compra e o mundo não pode dar.

Foi aproximadamente a dois mil anos atrás que aqui nesta terra esteve o Rei, fazendo-se servo, mostrou a ilusão que é o apego a este mundo, que jaz no Maligno.

Prometeu-nos o impagável, sem preço e inigualável, que através de sua vida se consegue e sela para todo o sempre a eterna libertação.

A certeza de que a morte nada encerra, nos garantindo a verdadeira perspectiva. Vida eterna, de gozo e alegria, neste mundo não, mas no vindouro, Sua promessa.

Aqui, pode-se chegar a um certo equilíbrio, mas não definitivo, pois o mundo está mergulhado na maldade, no encanto aparente desiquilibrado.

Ora, o Homem disse: De que vale ganhar o mundo inteiro e perder sua alma? Cogitei, analisei, esfriei e fui endurecido. Isto por alguns anos, até que não pudesse mais suportar a mim mesmo.

Então o Homem me disse: Ainda estou aqui, depois de tanto tempo!!!

Foi ai, no instante que percebi, este Homem que um dia já havia conhecido, mas as fendas da vida, e principalmente o furo do alfinete me abriu a porta do esquecimento.

Ele não se esqueceu de mim, me resgatando, redimindo e estando sempre ao meu lado zelando por mim. Tirando-me da imundície que mergulhara, um lodaçal sem fim.

Agora, depois do renovo, voo alto, mas caminhando por este teatro, que a cada ato pesa o fruto da ação.

Este Homem me ensinou e a cada dia tem me ensinado, o melhor é estar ao seu lado.

Homem com ‘H’ maiúsculo, de hombridade, mas principalmente de humildade, sendo Rei se fez pequeno, servindo a tantos quantos pode sem esperar ser recompensado.

Ensinou-me que amar começa antes de tudo no desinteresse de ser amado ou de receber algo em troca.

Jesus Cristo, Filho de DEUS, Filho do Homem, o único que detêm a vida eterna, a salvação. Seu nome significa Jeová é a Salvação, dom maior que nos foi deixado por amor.

Agora não mais nego, pois negá-lo não é viver e sim morrer de dor.

Obrigado SENHOR !!!