CORAÇÃO DIVIDIDO
O dia amanheceu lindo, ao abrir os olhos a lembrança da voz do filho ao fone na noite de ontem, contando empolgado que participará do Festival de Cannes, ainda se fez audível.
Deitada relembrei da alegria que senti em sua voz, e me deixei embalar pelas lembranças dos acontecimentos que resultaram para ele em todas essas realizações.
E como se estivesse acontecendo no minuto presente, revivi, a noite há quase uma década atrás, em que ele chegou empolgado do trabalho, contando do convite que haviam lhe feito para mudar-se para Nova Iorque. Meses antes, emoção enorme por ter ganho um Leão em Cannes.
Eu, com meu coração partido ao meio. Metade vibrava pelas conquistas vinda de muito suor e talento do meu menino que não sei quando cresceu. Enquanto a outra metade chorava, pela simples ideia em vê-lo zarpar para longe.
Não demorou um mês, e ele já estava instalado em seu novo endereço, e a mim restou levá-lo ao aeroporto, sorrir e desejar toda sorte e felicidade desse mundo.
A metade do coração que vibrava feliz, nessa hora tomou à frente e sorriu até que ele desapareceu no corredor de embarque. E a outra metade que estava partida, e havia se escondido até aquele momento, deu vazão a uma erupção de líquido quente que queimava tudo por onde escorria.
Nesse tempo todo em que ele vive em outro país, vejo-o cada vez mais criar raízes onde está, pois já se tornou cidadão americano. No entanto, em meu coração, nada mudou, ele continua dividido, há dias que ganha a metade saudosa.
Ontem, foi dia do lado alegre vencer, pois o filho está realizando outra etapa importante de sua carreira. Vendo todo seu suor e talento, renderem frutos. E me contar feliz ao fone: "Mãe, em poucos dias embarco para o Festival de Cannes".
E nessa hora a parte feliz do coração chega a invadir os limites da parte saudosa, a serotonina aumenta em minha fenda sináptica, um bem estar me invade, e confirmo, o que já sabia.
Sou feliz se ele é feliz, não importa se pertinho ou longe de mim.
(Foto da Autora- Cannes)
O dia amanheceu lindo, ao abrir os olhos a lembrança da voz do filho ao fone na noite de ontem, contando empolgado que participará do Festival de Cannes, ainda se fez audível.
Deitada relembrei da alegria que senti em sua voz, e me deixei embalar pelas lembranças dos acontecimentos que resultaram para ele em todas essas realizações.
E como se estivesse acontecendo no minuto presente, revivi, a noite há quase uma década atrás, em que ele chegou empolgado do trabalho, contando do convite que haviam lhe feito para mudar-se para Nova Iorque. Meses antes, emoção enorme por ter ganho um Leão em Cannes.
Eu, com meu coração partido ao meio. Metade vibrava pelas conquistas vinda de muito suor e talento do meu menino que não sei quando cresceu. Enquanto a outra metade chorava, pela simples ideia em vê-lo zarpar para longe.
Não demorou um mês, e ele já estava instalado em seu novo endereço, e a mim restou levá-lo ao aeroporto, sorrir e desejar toda sorte e felicidade desse mundo.
A metade do coração que vibrava feliz, nessa hora tomou à frente e sorriu até que ele desapareceu no corredor de embarque. E a outra metade que estava partida, e havia se escondido até aquele momento, deu vazão a uma erupção de líquido quente que queimava tudo por onde escorria.
Nesse tempo todo em que ele vive em outro país, vejo-o cada vez mais criar raízes onde está, pois já se tornou cidadão americano. No entanto, em meu coração, nada mudou, ele continua dividido, há dias que ganha a metade saudosa.
Ontem, foi dia do lado alegre vencer, pois o filho está realizando outra etapa importante de sua carreira. Vendo todo seu suor e talento, renderem frutos. E me contar feliz ao fone: "Mãe, em poucos dias embarco para o Festival de Cannes".
E nessa hora a parte feliz do coração chega a invadir os limites da parte saudosa, a serotonina aumenta em minha fenda sináptica, um bem estar me invade, e confirmo, o que já sabia.
Sou feliz se ele é feliz, não importa se pertinho ou longe de mim.
(Foto da Autora- Cannes)