POR QUE MULHERES INDEPENDENTES INTIMIDAM?

Confesso que depois de ler a publicação de um amigo sobre “mulheres ALFA” comecei a me preocupar a respeito. Na verdade, o que me fez refletir não foi a matéria em si, que classificava a mulher ALFA como independente e bem resolvida (basicamente), mas os comentários que se seguiram no post. Notei uma certa insegurança no ar – sim, é possível "sentir coisas” através Facebook.

Incrível é que esse meu amigo é um homem inteligente, charmoso, bem articulado e dono de um senso de humor ímpar o que, naturalmente, garante-lhe um séquito infindável de admiradoras apaixonas – ALFAS, BETAS, GAMAS, DELTAS... Então, por que “raios” ele deveria estar preocupado?

Resolvi pesquisar e, pasmem, o que descobri é estarrecedor! A maioria dos homens concorda que esse tipo de mulher independente, determinada e “multitarefas” assusta.

É mais ou menos assim: tudo bem se você for inteligente e bem sucedida, desde que não seja mais do que eles. Os homens ainda querem ser os provedores materiais e intelectuais de suas mulheres. Aquele papo de Saint Exupéry sobre “olhar juntos na mesma direção” é avant-garde demais até para os dias de hoje.

O que esses homens não sabem ou não querem enxergar é que não queremos competir com eles. Reconhecemos as diferenças entre os sexos e não temos problemas com isso. No entanto, desejamos ser respeitadas pelo nosso potencial e, principalmente, AMADAS pelo que somos.

Ironicamente, tornamo-nos ALFAS porque os próprios homens assim nos construíram quando “impuseram” que poderíamos trabalhar e estudar, DESDE QUE continuássemos cuidando dos filhos, dos afazeres domésticos e DELES. Como queríamos muito um lugar ao sol, topamos o desafio e conseguimos, porque, graças às diferenças biológicas, mulheres são capazes de desempenhar várias funções ao mesmo tempo.

Todavia, o que eu pretendo com este texto não é dissertar sobre “a dor e a delícia” de ser uma mulher ALFA, nem justificar o nosso comportamento. Tampouco desejo criticar a postura dos homens. O que eu quero mesmo é deixar uma(s) palavra(s) de alento porque, embora fortes, continuamos frágeis. Porque, mesmo depois de tantas conquistas, ansiamos por um amor de verdade e ainda sonhamos com um príncipe encantado.

Um príncipe generoso, companheiro e destemido. Destemido? Sim! Porque, como disse esse meu amigo, “carregar uma mulher assim” não é “bolinho”. É preciso despir-se de preconceitos e, principalmente, de qualquer resquício de machismo.

Ninguém nunca falou que ser príncipe era fácil. Na verdade, a maioria de nós casa com sapos... E continuaremos amando os “sapinhos fofinhos”, porque ainda acreditamos que com um beijo eles virarão príncipes!