Naquele casarão frio, de poucos andares, alguns soldados nazistas, com pedras de gelo, no lugar do coração caçavam os judeus  impiedosamente.
Bebes, desde os mais novos, até os anciãos eram exterminados sem compaixão.

Havia uma dúzia de judeus: mulheres,  homens, jovens e crianças; dentre eles, uma mãe cujo bebezinho acabara de mamar. Ao ouvirem  os passos dos soldados nazistas revistando os aposentos do casarão, os judeus afastaram um armário, muito pesado, que encobria uma passagem secreta, acesso para um pequeníssimo cômodo que  suportava bem,uma dúzia de pessoas.

A mãe do bebê olhou para o seu pequeno que após a mamada dormia tranquilo. Falou para os demais:  – Ele costuma dormir de duas a três  horas ,após cada mamada... Vou deixá-lo quietinho, não tenho o direito de arriscar as suas vidas trazendo-o comigo, ele pode acordar e chorar, o que seria fatal para todos.

Com muito pesar entraram no esconderijo, os passos dos nazistas se aproximaram,  eles batiam com o cabo dos fuzis nas paredes procurando descobrir passagens falsas; o barulho acordou o bebê, e a pobre mãe ouviu o disparo de um fuzil, silêncio mortal se fez. No interior da passagem secreta, a mãe judia desmaiou nos braços da companheira de infortúnio.
 

Obra baseada no relato  da escritora polonesa  Rita Braun, no VI Encontro de Mulheres Escritoras, em S.José do Rio Preto/SP, editado em seu livro “Minha vida no holocausto”.
Por: EstherRogessi, Recife,13/05/13.

 
 
Licença Creative Commons
SUBLIME PROVA DE AMOR EM MEIO AOS HORRORES NAZISTAS de EstherRogessi é licenciado sob uma Licença Creative Commons Atribuição-NãoComercial-SemDerivados 3.0 Brasil.
EstherRogessi
Enviado por EstherRogessi em 13/05/2013
Reeditado em 28/05/2013
Código do texto: T4288476
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2013. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.