ENIGMÁTICO

Sensações anômalas me tem assaltado recentemente, a despeito das preces.

Oro em vários horários, todos os dias e também à noite. Vigio também as portas.

Me esclausuro, por conta disso, em um silêncio sepulcral … quase mórbido. Aqui dentro.

Leio muito e procuro navegar no universo alheio, tentando incorporar outra personagem.

Resiliente, adapto-me a tipos controversos facilitado, claro, pela minha propria dicotomia.

Olhar-me de fora, traz-me algum sossego e, ao mesmo tempo, surpreende-me ver-me assim.

Idiossincrasia parece o termo adequado para esse momento singular; inebriante e triste.

Pululam aqui, bem no fundo, idéias e um desejo incomensurável de escrever sobre o belo, o terno.

A presunção que abordaria um tema lúdico faz-me rir de mim mesmo. Falta-me a verve !

O meu humor, hoje, está amorfo e diferente porque eu ainda cedo rezei.

Sensações alvíssaras neste fim de Domingo. Segundas-Feiras sempre trazem algo novo.

Expecatativa, esperança, ilusões, fé, boa aventurança, temperança .

Sorte essa minha a de colocar na tela alva todo o meu negrume interior e enfileirá-los.

Não sou e não estou poeta como gostaria, sóbrio ou bêbado … apenas verdugo da alegria.

Penso escrever mais quando sobre um outro efeito, algo menos taciturno que isso … sim; farei isso !

Essas sensações são mesmo intrigantes porque a essa altura já sinto sono.

Boa noite !

Leandro JP Sousa
Enviado por Leandro JP Sousa em 12/05/2013
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