Qual esta melhor e pq? Me ajuuuuuudem, por favoooor

Ser poeta é estar doente! Mas mais do que estar é declarar doença... Publicação é admitir a doença ao povo, escrever o dia todo: UTI.

Nunca produzi palavra alguma na alegria, até porque alegria é pra se gritar, alegria é o viver cantando. Não dá pra esquecer o quanto um sorriso é bom, mas a tristeza... Ela pede pra ficar no papel! Alegria quando é grande ela sai da gente e se espalha nos sortudos em volta. Tristeza não... Tristeza é solitária, anti social, anômica... Suicida - dos outros. Homicida! Ela gosta da solidão e dos tais cantos escuros, ela gosta e atacar um de cada vez! Maquiavélica ou melhor espertinha... Tristeza sabe que vencer um por um é sempre mais fácil.

Mas tristeza é ingênua também... A pobrezinha não entende que ao jogá-la no papel me livro da bendita. O poeta é um doente mas um doente esperto! Sabe que escrever a tristeza é jogar ela fora, ficar novinho em folha... Mas poeta é doente ingênuo... Não sabe que quando termina tudo e lê o resultado, a tristeza volta ao seu coração de novo...

A tristeza sai pelos olhos e volta por eles também, as vezes as mãos com o lápis ajudam a expulsá-la ou até os gemidos da boca... Mas os olhos... Trazem nossa vilã a cabo mole mole... As vezes vem até salgada... Molhada...

E o poeta é esperto? Ingênuo? Doente? O poeta não é nada, o poeta é só tristeza...

Ou

Na UnB, universidade na qual estudo periodicamente, não perdura mais qualquer espírito jovial. Ela envelheceu. Tá carrancuda. O ICC ficou grisalho. Aceito que ela detém traços novos, como o recente BSA. Mas isso é logo tolhido pelo tradicional RU. A comida lá continua a mesma. O suco é de laranja com gosto de limão. Desses fresquinhos, colhidos em fazendas também frescas. Mas de frescura a UnB não tem nada. Tá acabada. É idosa, precisa de cama. AdemaIs, não vamos nos ater a nuances de invejosos. Prosseguimos com nossa linha.

Esse ponto eu assevero bem. Criada em 1962, a UnB superou ditaduras, eclodiu jovens e, eminentemente, edificou mentes brilhantes. Engenheiros, arquitetos, sociólogos, professores, médicos, todo tipo de presença e função social emana da Universidade de Brasília. Todavia, isso tende ao perecimento sob as ingerências de uma sociedade atrelada ao funcionalismo e à padronização. Não vemos, por mais que se sonde cada alameda de seu ventre, sequer um indivíduo ou grupo que vise o inovador. E, ainda que se, por mágica, insurja dos escombros da levianidade alguma alma fascinante, esta estará logo fadada a reprensão e destinada a ser sucumbida pelo furor da igualdade.

É esse meu infortúnio. Não quero aqui fazer disto um diário ou fonte de reclamações patológicas. Viso aqui, sem mais delongas, esclaracê-los de ventos que tornaram turvos nossos corações e tratarão como entes insignifcantes nossos neurônios. E por falar neles, os meus já queimaram, justo logo quando houve o empobrecimento e a falta de ponderação por partes dos meus concidadãos. Eu estou agora resignado, triste e lívido. E até sinto escárnio em falar de lividez, haja vista que é a única coisa ostensiva que ainda está em voga na UnB.

Gabriel Malheiros
Enviado por Gabriel Malheiros em 12/05/2013
Código do texto: T4287382
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