A CASA DAS "MÃES JOANAS"
Hoje, mais um dia das mães, me surgiu um sentimento de filho.
Concordo que talvez o meu "tema sensitivo " seja forte demais para ilustrar um domingo tão alegre e maternalmente filial, todavia, não podemos esquecer de homenagear com imenso agradecimento ao todo coração altruísta e maternalmente tão resiliente da nossa atual casa de MÃE, mãe não só de todos os filhos autóctones como de todas as dificuldades mundiais do nosso entorno mais próximo e distante a quem socorremos no mais alto exemplo de amor de mãe Joana, a despeito das enormes dificuldades jã resolvidas da casa toda, naquele amor de palanque que sacia todas as fomes orgânicas, emocionais, estruturais, financeiras, econômicas, as fomes de todos os filhos que, embora prontamente sempre acolhidos, estão cada vez mais desfavorecidos, inclusive pelo mundo planetário.
Sempre cabe mais um na "casa da mãe Joana", realmente lindo de se ver.
E qual filho se colocaria a revelia diante dum tão irrefutável amor de mãe?
Só se fosse pela ingratidão Bíblica do filho pródigo...e Deus nos livre desse pecado mortal. Afinal toda mãe merece respeito, ainda que sejam as mães Joanas.
O atual cenário de casa é de incontestável amor maternal, casa em que sempre cabe mais um nem que seja através da importação programática daquilo que produzimos com qualidade mas que não conseguimos estrategicamente inserir na nossa vida cotidiana, por razões tão complexas que eu não saberia por elas discorrer. E se soubesse, claro, seria melhor o silêncio.
Vou dar um exemplo infraestrutural de mero filho agradecido por tudo: A saber, importamos do petróleo, passando pelo trigo, até chegar aos médicos. Interessante fato, caso resolvermos antenar para as oficinas de produção da casa, sempre produzindo a todo vapor.
Somos celeiro do mundo para qualquer importação, não restam dúvidas.
Claro que o mundo todo agradece pela percepção da casa.
Em nome dum coração de mãe, que eu também tenho, a onda agora é importar de tudo, favorecendo todos os filhos do mundo, e deve se por isso que nossa balança comercial começa a dar sinas de atenção redobrada, pois a casa da "mãe Joana", aquela gostosa casa em que tudo e todos podem o que quiserem...um dia também poderá cair.
Deus o livre e nos guarde de perdermos nossa tão altruísta "casa da mãe Joana", porque afinal, é só o que nos resta e um bom filho sempre a casa torna.
Mas se a casa cair não teremos mais para onde voltar.
Apocalipse na certa! E não será só por aqui...
Então, só lembraremos saudosamente só da casa do poeta Vinícius, lembram dela?:
"era uma casa muito engraçada, não tinha teto não tinha nada...
ninguém podia entrar nela não porque na casa não tinha chão!
Ninguém podia dormir na rede, porque na casa não tinha parede,
ninguém podia fazer pipi porque penico não tinha ali,
mas era feita com muito esmero na rua dos bobos número zero".
E por aí vai...
Vixi, mas será que Vinícius de Moraes teve uma visão poética futurística da realidade? Ou a casa já era assim no tempo dele?
Sinceramente?
Recantando a casa do Vinícius eu ainda prefiro a casa da "mãe Joana". Sinto que é bem mais ...aconchegantemente maternal, ao menos.
Alguém a canta...e todo O MUNDO literalmente acredita.
Segue a minha sensação em nova versão de casa recantada:
"Era uma casa muito engraçada..não tinha teto não tinha nada!
Todos podiam entrar nela sim já que a casa podia ruir.
Todos podiam dormir na rede embora a casa não tinha parede,
Todos podiam fazer pipi, mas saneamento não havia ali.
Era pintada com todo esmero
Na dor dos bobos...um número esperto...
Nada como uma boa realidade para nos tirar da mera ficção.
Feliz dia a todas às mães, extensivo às altruístas mães Joanas, aquelas das casas de TODOS OS MUNDOS.
Fui...comemorar meu dia, antes que a casa caia.