BONDADE E TERNURA
Tudo que desagrega entristece e decepciona. Sabiamente e com inspiração divina, o Papa Francisco disse “não devemos ter medo da bondade nem da ternura”. Parece óbvio, não é? Só que o Papa não acrescentou que a bondade e ternura que não precisamos temer devem ser sempre as puras e sinceras, pois é algo que aos verdadeiramente bem intencionados parece implícito e soaria redundante o acréscimo. É uma pena que ainda não aprendemos a temer a bondade interesseira e a ternura hipócrita. Pregar uma coisa e praticar outra não é lá uma grande virtude dos que se entendem já tão perfeitos mestres que podem julgar à revelia, decidir destinos e subestimar inteligências. Bondade e ternura não são necessariamente virtudes. São isto sim, apenas consequência do exercício diário da grande virtude de fazer o bem à humanidade cavando masmorras ao vício (da hipocrisia, por exemplo) e erguendo templos à virtude (da sincera verdade, como outro exemplo). Desagregar pela soberba sempre será uma grande decepção e uma enorme tristeza.