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CONCURSO DE: “A MAIS EXTENSA CRÔNICA DO MUNDO”


“ASCENSÃO DO REI 04”


 
     Itamar assumiu depois da renúncia de Collor de Melo e foi muito discreto, o paulistano reclamou de ele não prometer ou dizer o que faria, mas ele fez, ele e seu sucessor prepararam o Brasil para enfrentar qualquer crise mundial e crescer sempre por trinta anos, se não viesse alguém para atrapalhar, esta regra foi seguida pelo seu sucessor que esteve com ele até o fim do mandato como ministro da fazenda, os planos para combater a inflação foi um sucesso e infelizmente para os aposentados, eles não duram para sempre. Itamar Augusto Cautiero Franco foi um presidente honesto, é um dos homens que deverá ser sempre lembrado pelo patriotismo e segurança que deu ao país e ao povo de menor poder aquisitivo, deu à nação uma razão para acreditar na política, mesmo com a oposição ferrenha do PT que nunca fez nada para o país a não ser atrapalhar quem tentava fazer. Deixou o governo como entrou e apoiou o seu sucessor que governou os oito anos seguintes.

     Aí chegou a elegância, otimista, alto, porte de homem forte, seguro e preparado para dirigir o país, e dirigiu da melhor maneira que um presidente poderia fazer, poderia ter feito mais? Talvez sim, a reforma tributária deve ser uma ferida muito difícil de ser curada, pois não saiu com Fernando Henrique e se não saiu com ele, até agora ninguém falou em tirá-la do papel, é muito difícil que neste mandato a Nossa presidenta o faça. Fernando Henrique Cardoso continuou o que estava dando certo e foi mais além, fortaleceu os laços internacionais de forma inteligente e deu segurança à América do Sul que passou a ver o Brasil com menos desconfiança E abraçando a união do Merco Sul ao mesmo tempo que o país passou a merecer investimentos estrangeiro que não mais temiam os percalços do passado, o povo acreditava no país apesar de ser o mínimo, pois um país que é por beneficio da natureza rico em tudo, era para ser uma das maiores potências do mundo, desde quando foi liberto do jugo português, já que antes era apenas área de exploração estrangeira.

     Gostaria que o Fernando Henrique pudesse governar novamente, mas acredito que ele próprio não queira pela sua idade. Tenho certeza que ele dorme tranquilo por ter feito o seu trabalho da melhor maneira que podia em oito anos. A este grande Brasileiro eu só tenho a dizer obrigado presidente, talvez em toda a minha vida dependente da política governamental tenha sido esta etapa a que menos medo eu tive pelo nosso país, se pudesse lhe fazer uma pergunta, ela seria sobre a segurança. Não a segurança nacional, esta pode não ter sido tão satisfatória como precisa um país continental, mas acredito que nem os militares em trinta anos puderam fazer melhor, mesmo sendo esta a sua área de trabalho e preocupação. A minha pergunta seria sobre a segurança dos civis, a diminuição da criminalidade nas ruas, porque não existe um plano verdadeiro de combate ao crime organizado e o que se vê, é uma policia desencontrada onde policiais honestos convivem com marginais dentro das corporações que os obrigam a ser coniventes com a corrupção do sistema sendo obrigados a ficarem calados, para não terem suas vidas ameaçadas.

     Outra pergunta seria: até quando vamos aguentar o descaso das autoridades que se preocupam apenas em fomentar esta guerra que garante uma carreira social bem remunerada para os que se arvoram em defensores da lei e eu aposentado, recebendo o que mal dá para viver, sou obrigado a ajudar a pagar, vendo as cadeias como objeto de descanso para criminosos que entram e saem quando querem com a certeza que o crime compensa? Talvez esta pergunta devesse ser feita à presidenta atual, mas este aumento da criminalidade veio com o desmanche da pouca ordem que ainda havia durante o final do mandato dos militares, já que eles próprios viram a sempre honrada forças armada invadida pela corrupção dos seus soldados e deveria ter começado a preocupação de combatê-la com seriedade ali. Porque naquela época não foi elaborado um plano que inibisse o tráfico de drogas que carrega junto com ele o tráfico de influência câncer de toda sociedade emergente? Bem, não poderei lhe perguntar isto, e não quero que minha admiração pelo brilhante presidente seja ofuscada por esta sombra que eu sei estar dividida entre todos nós, já que mesmo nas ultimas fileiras dos que não são políticos, eu deveria sair gritando contra os males que estavam me adoecendo e fiquei calado.

     Enfim meu presidente... Descanse seus dias finais com a minha gratidão até que possivelmente eu me vá, pois mesmo um pouco mais novo, acho que a vida me bateu mais forte do que no senhor. É uma tristeza muito grande ter vivido novamente a decepção de ver o grande presidente Juscelino deixar o governo e sua vaga ser preenchida pelo irresponsável que o sucedeu, desta vez ela foi maior ainda ao ver um homem de fibra ser substituído por um infeliz que tinha tudo para ser herói e apenas se deitou na sombra da cutieira que foi plantada por outros deixando o barco a deriva sendo pilotados pelos que se... Usando suas palavras: “locupletaram do poder publico”.
     
     Enfim, ele veio! Populista, sorrateiro, aproveitador, mas vestido com a armadura de cavaleiro, prometendo ao povo o que o povo já tinha, pois qualquer presidente que governe o país até dois mil e vinte, terá apenas que tentar melhorar o que foi estabelecido no pequeno governo do homem do topete. Isto ficou claro ao ver como o mundo está balançando na corda bamba da crise e o Brasil passa por elas com poucos arranhões, e estes aranhões, apenas porque deixaram de cuidar do dever de casa, ocupados em tapar o sol com a peneira da corrupção desavergonhada que está levando a nação brasileira a um caminho de difícil retorno à trilha da honestidade, honra e compromisso com o futuro dos nossos filhos. Estamos vendo o caos que nosso mundo juvenil está vivendo, pessoas que educam seus filhos com esmero, ensinando-lhes o caminho do bem, estão vendo-os morrerem nas mãos de pequenos assassinos entupidos de drogas que infestam nossas escolas e aterrorizam o que no passado era sagrado, “o respeito por quem ensinava nas salas de aulas”.

     Estamos vendo filhos de pessoas abastadas se enveredando pelo caminho do crime pelo simples prazer de serem considerados corajosos ou maus... É de doer o coração ver as crianças pegando em armas para matar pai, mãe, irmãos e os próprios amigos num país que não tem estes exemplos, pois, nosso ultimo conflito tem quase um século e meio e não temos razões para nossos civis estarem se matando com armas às vezes mais sofisticadas do que das nossas forças armadas. O que é que está querendo nossos governantes, ver a nação brasileira viver o Anarquismo? Se for assim, então porque não libera logo todos os cidadãos para portarem armas? Pois está difícil, seu filho vai para a escola e só porque se recusa a usar drogas ou vender drogas para os traficantes, ele é morto e você não tem nem o direito de lutar contra isto e fica esperando pela lei que não consegue mais ter controle da situação quase que se ocupando mais em defender a própria vida do que a vida do contribuinte.

     Quando é que nossos governantes vão acordar e se reunir para tomar medidas enérgicas, não nas favelas do Rio de Janeiro, mas em todo o país? Vão esperar até quando? Até que os marginais comecem a matar os políticos, porque às autoridades que lidam diretamente com eles já são favas contadas, como disse antes, não estão mais preocupados em proteger o cidadão, estão lutando sim, mas por suas próprias vidas. É degradante ver o país se afundando na lama da ignorância geral, as escolas são meras instituições decorativas sem poder fazer muito para aplicar o ensino como deve, pois, a vontade do aluno é que comanda como ele deve ser ensinado, se não for assim ele espanca e mata os professores Pergunto: e agora José? Até quando o Brasil vai tolerar que ONGs dos direitos humanos que defendem os direitos de irracionais, criminosos que têm de ser tratados melhor que um cidadão trabalhador e honesto? Estou falando demais, eu não tenho provas de que as escolas não ensinam? Vou contar um caso que aconteceu com o Zé cabrito, amigo meu também aposentado: Zé cabrito quando se aposentou, a aposentadoria dava para uma vez por anos ele bancar a família duas semanas na praia, impossível hoje, se gastar na praia tem de ficar sem tomar remédio, é sem remédio não dá para viver.

     Pois é, Zé cabrito como eu, gostava de ir para o Espírito Santo e curtir a pele sendo queimada durante duas semanas as vezes até mais tempo, e foi numa destas saudosas coisinhas que o aposentado podia desfrutar, que o Zé pegou um micose desgraçada que nem reza de pai Joaquim dava jeito. O diabo é que alguns remédios até davam certo, mas curava apenas a micose da pele, as unhas ficavam abrigando os malditos bichinhos e se por acaso o Zé coçava algum lugar no corpo, no outro dia a coisa voltava a se espalhar e tome procurar benzedeira para fazer mais uma garrafada, foi passando o tempo e de tanto comadre Genoveva brigar com ele, Zé pagou o valor da consulta e lá foi ele enfrentar o doutor. Doutor não, doutora, linda que só ela, novinha, recém-formada... Não sabia nem onde estava localizado o piorrético, mas estava lá ostentando na parede o seu diploma de doutora em dermatologia, formada em medicina pelas instituições de ensino (Belrizonte), “as mais conceituadas do país”.

     Zé cabrito entrou meio ressabiado, era um tipo ainda bonitão nos seus cinquenta e cinco anos, cabelos castanhos bigodes bem aparados, mas vergonhoso que dava dó, ficar pelado perto de outros homens, nem pensar, quando íamos pescar acampados, ele na hora do banho procurava um lugar longe só para ninguém rir do seu pintinho. Dona Genoveva foi junto e na hora do cabrito entrar ela perguntou meio tímida se poderia ir junto, a mocinha doutora foi categórica, não, a senhora me desculpe, mas nós médicos perdemos a concentração no exame se houver pessoas não participativas no local de trabalho, mas não vai demorar, a senhora pode esperar aí, se quiser água a secretária pode providenciar viu? Genoveva ficou meio decepcionada, mas concordou. O Zé cabrito entrou de cabeça baixa e ela mandou que ele se sentasse, ele o fez e ela fez o interrogatório típico das preliminares, idade, peso, se usava remédios. Depois perguntou qual era o seu problema de saúde ele explicou que era coceira, ela quis saber onde era a coceira e ele foi falando. Ele respondia tudo sem olhar para a médica, quando se deu por satisfeita ela o mandou levantar-se e pediu para ele mostrar a coceira, ele levantou a camisa e ela olhou as manchas, com sinais das unhas do Zé. Mandou-o tirar a camisa e ele meio a contra gosto obedeceu, ainda tinha um bom físico, curtido na dura luta pela sobrevivência e mostrando uma cor de quem tinha muita atividade e curtia tostar-se ao sol, ela perguntou se ele frequentava praia e ele respondeu que sim, mas de maneira lacônica e sem esticar muita conversa.

     A doutora passou bem uns cinco minutos analisando cada marquinha de micose na pele do cabrito, ele lá caladão, pouco a vontade pensando que estava demorando muito a tal de consulta. Nisto ela falou para o desespero do Zé cabrito, arria a calça, por favor, ele não olhou para ela, apavorado repetiu: a calça? É disse ela, tenho de ver até onde o senhor está infectado, ele disse sim senhora, e desceu a calça até o na altura do: “meia porção”, e parou, ela disse, por favor, retire até os pés, ele deixou a calça cair e vermelho que nem um pimentão pensou, seja o que Deus quiser. Ela olhou as coxas musculosas do Zé e médica ou não, era mulher e parece que se divertia com a timidez do Zé. Começou a apalpar os locais com a espátula que segurava e quando se deu por satisfeita, mandou–o baixar a cueca ela estava por traz dele e ele obedeceu, mas a barriga chegou a esfriar e as pernas tremeram ela o  mandou se curvar para frente e ele o fez, sentiu-a examinando sua bundona com a espátula, o pintinho deu uma guinada no sentido de endurar, mas ele apertou o tobróis * “tobróis igual a anus” * Quando ele trancou, ela pegou com as duas mãos para abrir a bunda do Zé e olhar justo o tobróis, ele aí é que trancou mesmo, o piruzinho do cabrito estava tão contraído nesta hora, que se ele fosse mijar seria preciso um alicate para puxar o danadinho pra fora...

     Quando ela abriu o Zé quase desmaiou, a primeira coisa que pensou foi: será que eu lavei o fedorento?

Continua depois, estou com sono galera, abraço.

 
Trovador das Alterosas
Enviado por Trovador das Alterosas em 10/05/2013
Reeditado em 10/05/2013
Código do texto: T4284435
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