Afinal, o que é PROSELITISMO? Reflexões sobre a comissão de direitos humanos
Este é um termo bastante utilizado ultimamente quando se trata de política ou religião. Se vê e ouve bastante na crítica.
Significa nada mais que convencer, persuadir na ideia ou ideal, zelar por diligencia, o que implica, logicamente, a dominar a arte retórica, que creio eu ser privilégio de poucos, já que nem todos são ingênuos ou incultos, ou até cultos o suficientes para não se perder nas imperícias e inverdades ditas e repetidas por nossos representantes, como cito neste caso.
O que quero demonstrar é que nesses recentes casos de discussões sobre a comissão de direitos humanos do Congresso Nacional do Brasil, sobre os ativistas homoafetivos e outros direitos paralelos a eles, as figuras de linguagem estão cada vez mais ousadas, não apenas no proselitismo, mas nas convicções que deveriam ser únicas e indiscutíveis, pessoas e intransferíveis, literalmente, onde a palavra de ordem seria respeito, virou um verdadeiro palco de horrores e discussões que não levam a sentido ou lugar algum.
Discute-se a bíblia, discute-se de Deus fez ou não fez fulano ou ciclano assim ou assado, que aceita ou não aceita, se a família atual é verdadeira ou não, se é válida ou não, enfim, não gostaria de dar tons pessoais apesar de isto ser uma crônica, mas estamos beirando os limites do ridículo com tantos temas e obras paradas e engavetadas nos antros de Brasília. Os direitos humanos estão divididos quando eram para estar convergindo e melhorando a vida das pessoas. Não é justo perdermos tempo assim, assim mais quando se tem objetivos financeiros envolvidos.
Como podemos falar em direitos humanos quando vemos o caso da senhora idosa que entregou uma casa nova e um veículo para a igreja, alegada por seu representante estarem amaldiçoados e ainda sendo ordens de entrega de antepassados falecidos? Dízimos sendo entregues até com cheques pré e cartões de crédito parceladamente? Até onde vai nossa ousadia? Na verdade essa ousadia está representada em diversos segmentos, o exacerbo de salários de esportistas, a super valorização do imoral e respectiva exposição na mídia, enfim, não vale a pena citar, o que critico são as falsas ideias de cunho meramente exploratório que se travestem de ideais cristãos ou sociais, independente de credo. A função das religiões seria exatamente aproximas as pessoas do seu "eu" espiritual não discutir tanto a questão de sua organização social, ao passo que a função política seria a de organizar e proteger o direito de todos, jamais de separar, criar intrigas e posicionar opiniões que vão de encontro ao interesse de poucos. Não veja a chamada "família tradicional" tão ofendida quanto dizem, sinceramente...
Toda a visão que temos dos fatos sociais vem da mídia, ou da "supra mídia" como costumo chamar, representadas pela redes virtuais, muitas vezes com dados superficiais que infelizmente vem sobrepondo os valores da família e aí sim podemos citar a família que deve imprimir valores com os quais evitariamos problemas de segurança, etc, que ao meu ver, não dependem do sexo do casal, genero ou coisa parecida, para que seja concretizada. As adoções feitas por casais homoafetivos são de crianças abandonadas por casais héteros...
Proselitismo não se confunde a demagogia, mas estamos a beira disso. Vamos refletir.
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