O V N I (s) ???

Cair da tarde.

Relâmpagos e trovões fuzilavam o espaço – e rajadas de ventos com estardalhaços se faziam ecoar pelo condomínio naquela tarde de abril do ano em curso.

Chovia copiosamente na grande Belém – até aí, nada demais por se tratar da nossa rotina.

Serenamente, meditativo e debruçado na janela do meu apartamento, acompanhava os voos rasantes de pássaros arredios, que pareciam cadenciados com os alarmes sincronizados dos veículos em suas garagens – “ num coaxar de sapos numa alternância de sons e semitões”.

Reflexivo e divisando os horizontes, olhando aqui e acolá, algo inusitado me chamou à atenção numa projeção visível no fervor da intensa trovoada :

Um objeto em dimensão de um veículo maior bailava no ar, como se estivesse deslizando ladeira abaixo. O curioso da história é que, entre rodopios, deslizes horizontais e paradas técnicas, a coisa, em sinuosidade, dava-se ao luxo de prosseguir em rota de zig-zag.

Ainda mais atento e sem perdê-lo de vista, chamei reiteradas vezes um filho menor que estava entretido no way fay na sala de casa.

Qual nada e como se demorasse, perdi o ângulo. Passei, então, em fração de segundos para outro lado à procura … mas, com o desabar da tempestade em profundidade, o objeto saiu do foco e daí, “ sem lenço e sem documentos “, perdi a oportunidade de fotografá-lo.

Um desencanto! …

Verdade ou mito ?...

Confesso que vi.

Fantasmas do espaço ? Sei lá.

É ..., da próxima vez, já estarei adestrado ao meu celular para fotografar esses objetos voadores não identificados.

Enock Santos
Enviado por Enock Santos em 09/05/2013
Reeditado em 10/05/2013
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