O V N I (s) ???
Cair da tarde.
Relâmpagos e trovões fuzilavam o espaço – e rajadas de ventos com estardalhaços se faziam ecoar pelo condomínio naquela tarde de abril do ano em curso.
Chovia copiosamente na grande Belém – até aí, nada demais por se tratar da nossa rotina.
Serenamente, meditativo e debruçado na janela do meu apartamento, acompanhava os voos rasantes de pássaros arredios, que pareciam cadenciados com os alarmes sincronizados dos veículos em suas garagens – “ num coaxar de sapos numa alternância de sons e semitões”.
Reflexivo e divisando os horizontes, olhando aqui e acolá, algo inusitado me chamou à atenção numa projeção visível no fervor da intensa trovoada :
Um objeto em dimensão de um veículo maior bailava no ar, como se estivesse deslizando ladeira abaixo. O curioso da história é que, entre rodopios, deslizes horizontais e paradas técnicas, a coisa, em sinuosidade, dava-se ao luxo de prosseguir em rota de zig-zag.
Ainda mais atento e sem perdê-lo de vista, chamei reiteradas vezes um filho menor que estava entretido no way fay na sala de casa.
Qual nada e como se demorasse, perdi o ângulo. Passei, então, em fração de segundos para outro lado à procura … mas, com o desabar da tempestade em profundidade, o objeto saiu do foco e daí, “ sem lenço e sem documentos “, perdi a oportunidade de fotografá-lo.
Um desencanto! …
Verdade ou mito ?...
Confesso que vi.
Fantasmas do espaço ? Sei lá.
É ..., da próxima vez, já estarei adestrado ao meu celular para fotografar esses objetos voadores não identificados.