“O silêncio de um momento.” “Luto, uma maneira simples e rápida.”

Tentar compreender o silêncio, que queima em partículas, o luto de uma pessoa! Há décadas que esta trajetória se faz presente, mas compreender o modo dela agir, [o meu comportamento], muita gente fica impressionada. Quando ficam diante de um fato trágico, e questionam “por que ela é diferente desafia o seu sentimento de luto, de uma forma que não compreendemos.” E assim assumindo o risco de dar um lado diferente no impacto desta tragédia, executei a dar um comportamento de deixar para mim, uma saudade e uma lembrança, de compreender que “se ela tinha ido embora, não era motivo para mim, sentir-se triste.” Amei esta minha irmã, não porque ela é a nossa “irmã”, mas porque ela era uma pessoa carismática, alegre do tipo de uma linguagem que portava juntar (o fático o consensual.) E se relacionava com as pessoas também de um modo predominante, a todos, que dela se aproximavam, via nela o encontro do poema e da poesia. Uma linguagem humana, identificada com arte própria, de um caráter concreto, que foi presenciado e visto, por todos aqueles que os amavam. De um modo a compreender que a sua presença fazia parte de suas vidas. E por que explicar isto! Tem um motivo? Sim, é claro! É pra não confundir, o que eu quero dizer, sobre este assunto. Explico, que em um domingo de manhã, recebi um telefonema de uma irmã, me dizendo que a nossa irmã (Angela), tinha sido internada novamente, e estava muito grave. E se fosse possível, que eu fosse até lá para vê-la. Então disse que sim, pois este era o sinal que tanto pedi a Deus! Eu queria ir vê-la, mas não tinha coragem pelo fato de ela estar debilitada, transfigurada. Mas decidi e fui até a Santa Casa de São Paulo, que por sinal um lugar espetacular, se não fosse o que ela representa, “a tragédia onde mostra, que o ser humano, é o retrato tranquilo das desgraças do mundo. Mas chegando lá! Foi difícil encontrar o local onde ela se encontrava, por que ali parece uma pequena cidade particular de pessoas que aguardam uma resposta, no sentido tranquilo ou de uma (triste despedida). Mas finalmente consegui chegar. E quando parei em frente a uma porta, perguntei; “Por favor essa pessoa Angela Maria, está neste quarto?” A enfermeira olhou para o canto do quarto e disse; “Ela está ali!” Infelizmente, posso dizer, não era aquilo que os meus olhos queriam ver. Mas o engraçado, quando ela me viu dei um sorriso de felicidade, e com dificuldade, pois tinha junto dela próximo a sua boca, uma máscara de oxigênio para poder respirar. Então cheguei perto dela e com os meus olhos marejado de lágrimas, eu disse: “Ô Angela! Queria tanto te ver!” “E por que não veio? Disse ela.” Com aquele sorriso lindo! Parecendo que tudo que estava passando naquele momento, não era nada. Estava conformada, e tudo o que mais queria, é estar nos braços, do nosso Deus.

E assim com as lágrimas caindo sobre o meu rosto, lhe disse baixinho (era covardia), “eu sou uma covarde, não gostaria de te ver deste jeito”, “imagina disse ela, eu estou bem”. E sorriu.

“Eu já falei para os médicos, não escondam nada de mim, quero saber até a hora que irei para o outro lado da moeda.” E sorriu com muita dificuldade. E desta forma que eu ouvi, as suas palavras, o meu choro eu segurei, naquele triste momento, por que eu sabia e tinha a certeza. Aquelas horas, seria as, ultimas que iria viver com ela naquele momento. E como se fosse um filme, os meus pensamentos mostrava a confusão que o destino tinha feito. E não era esta realidade que eu, ela e outros esperavam. E com esta confusão em meus pensamentos, com dificuldade ela continuava a falar e disse; “Sabe Neire, eu estou tranquila mesmo, e a minha postura foi de ser “sempre” uma pessoa alegre, e você me conhece bem. Então faça o favor e diga para todos, quando eu deixar este mundo, não venham chorando, demonstrem de forma alegre, que todos aceitaram. De uma forma natural, o que Deus reservou para mim. Estou feliz, os meus filhos com certeza entenderão isto!” E assim ouvindo calada, balançava a minha cabeça no sentido que concordava em tudo o que ela dizia. Pois parecia que ela estava empolgada, sem medo a imigrar para um outro plano, e não permitia que ninguém, interferisse a sua entrada rumo ao desconhecido, mas que ela sabia tinha sido preparada pela equipe espiritual. E assim compreendi o que ela tinha falada para mim, tinha que ser registrado, não poderia se perder no espaço daquele quarto de hospital. Foi uma forma dela influenciar a mim, a uma situação de poder mostrar para as pessoas, que a maneira mais simples e rápida para relaxar uma tenção, complicada. É a gente se familiarizar com o luto, com o invisível. E de poder perceber que está energia, pode mexer com uma grande parte do nosso corpo. Ela é invisível mas... faz um grande estrago! E era como a distância, com a consciência tranquila, eu sentia que o seu espirito Angela, me conduzia por uma força intensa, magnética, brincava de segurar aquela barra, aquele nosso momento. Sim o nosso momento, o meu e o seu. E pelas palmas de suas mãos, você me levava. E a sensação era de paz de uma alegria quando eu abraçava a cada um de seus amigos, e entre eles estavam os seus filhos e seu esposo, onde eu em alguns minutos eu os abracei e disse; “não chore foi isto o que ela pedia para mim dizer para todos e me abrace bem forte, sinta esta energia e sinta que sua mãe está aqui, se despedindo de vocês” E dizer que este momento é fácil para quem tem consciência da espiritualidade, não é não, mas devida atenção a partes sofrida, aceitei este intercâmbio da espiritualidade com uma condição de se fazer daquele momento de luto, “uma divertida curiosidade.” Um fato que foi criado não por mim, mas por ela, uma despedida que ela gostaria de ter feito. Mas que a mim foi permitido. Pois as dimensões que nos separa minha irmã Angela, não fara eu, seus amigos, seus filhos e a todos que o admiravam, a fonte de energia única que você distribuía, através da sua alegria.

Um dia Deus colocou entre uma família um composto de partículas que se deu a uma energia comparada de um furacão, que por onde passava, vibrava o necessário a permitir a quem gosta ou não. Foi guiada por uma infância a desejar tudo o que era bom. Na adolescência com coragem e garra, se desenvolveu em uma linda mulher. E nas flores do caminho encontrou o seu marido, e do seu corpo físico Deus lhe abençoou, e lhe deu dois lindos filhos, que no encanto do destino, cresceram se tornaram homens, um tesouro que ela guardou no seu coração, pois ela foi uma mãe corajosa de perguntas e respostas de virtudes, que atendia a quem precisava. Mas chegou um triste dia, todo o encanto que a cobria se desfez em um segundo. Os seus olhos se fecharam e um sorriso satisfeito como em um simples beijo, transmitiu para todos nós. Que o seu corpo foi embora, se desfez o fio de prata, se rompeu para sempre. E foi para o plano astral.

E com clareza eu te digo, esconder este momento de tanto sofrimento eu não posso, mas acontece que o meu pensamento sempre vai estar naquele dia em que você deixou em evidências. Que a nossa alegria, tem que partir de um coração sincero, não importa a história, mas ficou o aprendizado. A medida que vou ficando mais velha, vou aprendendo a lidar com as minhas emoções, e assim eu me entrego a dividir, sem nenhuma dúvida! Que ela veio até a mim e me abraçou e disse: “Mostra a sua, a minha alegria para todos eles. E que a verdadeira felicidade só é despertada a mando de um coração puro e verdadeiro.”

O silêncio de um momento de um vínculo afetivo, de um luto. Costumam dizer que dura um ano. Mas o meu minha “irmã” será repartido em pedaços e guardado em meu coração. E nas lembranças diárias organizo a colocar o maior pedaço do afeto que tive por ti. E matar está saudade, que não está mais presente, fisicamente. Então, eu me apoio nas lembranças especiais, como o seu sorriso, as suas risadas e até os seus choros que foram importante. Que foram de sentimentos que você pode expressar de uma forma a dizer; “Gente prestem atenção em mim! Eu não sou de ferro!”

É verdade Angela você se foi nesta viajem, e se perdeu no espaço, mas ficou a sua alegria na nossa lembrança, que nada, com certeza! Irá apagar.

“A natureza nos deixa as lembranças para que nós, nos proteger de uma saudade.” Pensamento Neire Lú.

Neire Lú 08/05/2013

Neire Lú
Enviado por Neire Lú em 08/05/2013
Código do texto: T4281195
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