Meu “dono”!

Como é demorada essa conversa! Deitado embaixo do carrinho aguarda paciente, e ouvindo as “lorotas” do senhor Moacir e seu compadre, já escureceu e nada do término do assunto, cochila, e na madorna tem um sonho esquisito, seu dono pede sua opinião antes de tomar qualquer decisão, isso claro causa ciúme generalizado em todas as matilhas da região, nem tá ai, sente o cachorro do padrão. Lá pras bandas do grotão, volta e meia seu Moacir era convidado pra noitada de viola, como de costume convite foi aceito pro final do mês, na noite anterior o compadre bateu palma, vendo que somente estava dona Emília, entrou, antes de sentar disse: Aproveitando ausência do Moacir, e já sabendo da competição de violada amanhã á noite, pode me esperar ás onze horas em ponto, mas faça favor desse cachorro fedorento sumir de casa, o sangue agitou na veia ouvindo tudo aquilo, esperava impaciente o amigo chegar, nisso sente algo tocar em seu lombo, desperta e vê a mão do dono alisando seu pelo e falando baixinho: Ainda bem que tenho sua amizade!

Jova
Enviado por Jova em 07/05/2013
Reeditado em 07/05/2013
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