CONVERSANDO COM ALBERT EINSTEIN.

 

 

 

Já de início faço a minha advertência: Não estou ficando caduco, portanto, não se precipitem nesse pré-julgamento afoito, pois se tiverem paciência verão que eu tenho os meus motivos.

Hoje eu me acordei às 6,30h da manhã, é claro, vocês precisariam sentir o que eu senti:

Que bela manhã!

O frescor da brisa suave que soprava e vinha das matas era inebriante, confesso que senti levitar, se não foi o meu corpo foi o meu espírito, tamanha era a minha leveza.

Os passarinhos, esses flautistas alados, não se inibiam com o dia amanhecendo e com o sol detrás das montanhas ainda se espreguiçando.

A relva molhada brilhava em entretons provocados pela aurora, naquele momento tive saudades do menino que já fui, tive vontade de tirar os calçados e sair correndo pelos pastos verdinhos e molhados.

Queria a todo instante sentir o aroma silvestre do capim novo e, em ato contínuo, sentir o toque mágico dos pés nus naquelas gramas gostosas e frias.

Nessas manhãs paradisíacas as pessoas ficam mais humanas, demasiadamente humanas, é o que eu sempre tenho observado, pois em vista desta observação me veio à idéia e a possibilidade de conversar com Albert Einstein.

Queria a todo custo saber dele, se era possível fazer com que o tempo parasse naquela manhã, exatamente às 6,30h.

Pois, se a memória não me trai, ele afirmou que o tempo é um referencial provisório dos humanos, e que na verdade, o tempo não existe é um continuum.

Essas manhãs bucólicas também deveriam ter um tempo continuum, eu sinceramente e se fosse possível essa continuidade no tempo, confesso que não gostaria de morrer, simplesmente para me inebriar um pouco mais com essas singularidades das manhãs.

Mas ainda me resta uma possibilidade que é a seguinte: Se realmente a mediunidade funcionar assim como dizem que funciona, garanto que eu vou a um Centro Espírita e invoco o Einstein, e assim, ele poderá me dizer se é possível brecar o tempo e deixar no continuum.

Não riam, pois não estou afrontando o senso lógico e, tudo isso o que estou dizendo, é muito possível de se realizar.

Agora, só não sei se é provável e se o Albert Einstein vai dispor de tempo para conectar-se comigo.

Não sei por que fragmentaram o tempo assim dessa forma: noites, madrugadas, manhãs e tardes; deveria ser tudo um continuum, feito tão somente de manhãs como essa que tive o privilégio de viver um deslumbramento hoje.

As pessoas sempre se portariam demasiadamente humanas e nos desejariam um “Bom Dia!”, cheias de sorrisos com aquele rubor fresco nas faces.

Como é bom a gente sentir que o ser humano, ainda se lembra de realmente ser um humano.

Agora estou lembrando que isso de “tempo continuum” já foi censurado pelos filósofos, pois disseram que a vida seria uma eterna modorra cheia de mesmice e enfado.

Pensando bem, eu acho que eles, os filósofos, têm toda a razão, porque eles sabiam a priori que, quem fez o planeta e a vida para configurá-los assim dessa forma, sabia exatamente o que estava fazendo.

Como é bom saber que a terra, essa bailarina sideral, se contorce ao redor do sol se exibindo para nos propiciar manhãs lindas como essa de hoje.

A natureza à noite se esconde nas sombras, para que possamos nos deslumbrar com o espetáculo do macrocosmo, esse por sua vez se esconde com o dia, para que possamos admirar o microcosmo verde que nos envolve.

Bendita é a natureza!

Agora vou transmitir para vocês o recado de A. Einstein, pois com muito custo consegui conectá-lo, e ele me disse o seguinte: “A Natureza ama se esconder com os seus segredos porque ela é sublime, não porque ela é uma impostora”.

O Físico e Astro-Físico cabeludo Albert Einstein, sempre soube das coisas!

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Eráclito Alírio da silveira
Enviado por Eráclito Alírio da silveira em 27/03/2007
Reeditado em 07/04/2007
Código do texto: T427831