Padre Beto – excomungado.
Por Carlos Sena


Padre Beto foi excomungado. Mas ele não está nem aí para essa coisa sem graça da excomunhão inventada pela igreja católica. Isso no século XVIII fazia a maior diferença, porque naquela época também se acreditava em mula sem cabeça e coisas do gênero. Padre Beto pode até ter se excedido no gestual, nas cenas de bar mostradas pela TV. O diferencial entre ele e, por exemplo, Marcelo Rossi é que Marcelo é subserviente e fatura alto para sua congregação e pra si mesmo. Marcelo posou de moderninho, mas teve suas “asas” cortadas pela ala conservadora católica que, inclusive lhe vetou o acesso ao Papa quando esteve no Brasil.
Padre Beto não dá nem o “C” pra cheirar que não é flor em função de agora estar ele EXCOMUNGADO. Ele é um trabalhador – diferente de alguns padres e pastores parasitas que vivem do mercado da fé. Professor, locutor de rádio, escritor, pensador, etc. se define como um “padre do século XXI – que pensa e que sabe diferenciar amor de sexo. Mas, como pode um padre pensar? Pois é. Ele pensa e leva seus alunos a refletir – coisa difícil nos tempos de hoje em que os jovens preferem repetir antigas lições do passado.
Acho mesmo que Padre Beto deveria excomungar a igreja. Algo como “o cachorro que morde a cobra”, porque fica tudo muito sem graça diante dessa posição da igreja caótica, digo, católica que tem se perdido em si mesma e perdido fiéis para seitas e crenças pentecostais de Edir Morcego e Silas Málacraia. Imagino mesmo que o lugar do Padre excomungado é fora da igreja tão maculada e tão cheia de dogmas furados pelo preconceito e pela tentativa vã de a tudo querer justificar em nome de “DOGMA”. É isso: quando a igreja católica não explica a história de “três deus” em um só, ela diz que é dogma, ou seja, quem for católico tem que acreditar sem questionar... Assim, melhor do que esperar a salvação e a felicidade no céu, é ser feliz na terra. Porque sendo feliz primeiro por aqui já é meio caminho andado para a salvação da alma e, quem sabe, alcançar o céu...