16 ANOS
16 ANOS
É uma criança, 16 anos, mas com experiência de um adulto.
Primeiro foi o álcool que entrou em sua vida, pela insistência de “amigos”. Para o cigarro foi um pulo. Depois o primeiro “experimentar para ver como é” (a maconha) foi mais rápido ainda. Não satisfeito com o resultado, o “crack” foi sua nova descoberta do prazer. Então viu que o estrago estava feito. Tentou voltar atrás, não conseguiu, pois esbarrava num obstáculo chamado vício. A família entrou em desespero vendo o seu filho sendo consumido por essa desgraça chamada “droga”. O pânico tomou conta. Porque tinha de acontecer com ele? Um menino tão bom: estudioso, alegre, feliz e tudo isso jogado para o alto. A vida do crime começava a estender seus braços poderosos e sequestrar mais um jovem do convívio de sua família e do caminho do bem.
Era o fim do poço? O que faria para se libertar para sempre desse problema? Teria que acreditar que conseguiria e ter ajuda da família e crer que realmente alguém muito maior lhe ajudaria: Deus. Ele que não acreditava, mas teria que repensar a sua vida.
O caminho ia ser longo. Internações ocorreram e crises sérias quase lhe tiraram a vontade de se curar.
O amanhecer lhe trouxe novas esperanças. O tratamento começava a fazer efeito e a alegria de viver tornava-se uma constante. Já sorria e os amigos de verdade começaram a retornar e lhe dar a maior força. Agora já não estava no fim do poço e sim estava saindo dele em direção à luz.
“Obrigado, Senhor” – foi a primeira frase que disse ao passar pela porta daquela instituição rumo à liberdade. Enfim, estava livre para viver sua vida de onde havia parado.
Drogas. Nunca mais. A experiência lhe ensinara que não vale a pena trocar a liberdade por algo que só causa destruição.