Pare o Mundo!
No meio da aula, notei o pôr do sol pelo canto do olho. Vaidoso, o astro rei queria roubar a minha atenção, mas, gentilmente recusei o convite; sou profissional, e o meu estudante naquele momento era mais importante que o sol.
Um tempo depois, quando a aula acabou, ainda havia vestígios do sol no céu, que virara uma tela das mais belas, de cores variadas, que lembravam uma pintura moderna com traços e cores se juntando e querendo dizer algo que eu não sabia bem o que era.
E era lindo demais; então eu parei o mundo, esqueci a correria, joguei água na fogueira do estresse e deixei-me levar pelo céu e pela canção em cores que o céu cantava.
Sim, havia uma canção em cores... O azul era som de harpa, e o cinza-tambor marcava a melodia, em que o vermelho-violão convidava para uma dança... A dança do crepúsculo.
E eu ali, feito menino, vendo sentido em tudo.
Observando aquele espetáculo, me dei conta de que perdemos esses momentos de conexão com algo Maior o tempo todo. Estamos tão arrematados com as coisas da matéria que não nos permitimos sentir o que a natureza quer nos dizer.
Tudo ao nosso redor convida à reflexão, e isso não é religião, pregação ou qualquer obrigação que você tenha que fazer; isso é apenas um lembrete, uma meditação natural, que não passa de um convite para que você pare o mundo um pouquinho e tenha um momento delicioso só para si mesmo.