Gêneros e Pessoas
Aprendemos desde criança conceitos e preconceitos que carregamos para o posteridade. Repassamos, recriminamos, maltratamos e julgamos simplesmente porque aprendemos que aquilo era certo e isto errado, somente baseado na ótica e vivência de quem também aprendeu a julgar de acordo como o que lhe foi ensinado.Mas num momento nós percebemos que o certo e errado depende da ótica e cada um, das vivências que carregamos e dos conceitos que queremos carregar, ou simplesmente abrimos os nossos olhos para outras verdade e outros sentimentos, que não aqueles que nos foram impostos, acredito que não por maldade, mas por acreditarem também, que eram certos.Costumamos julgar as pessoas pelos seus gostos, manias, opções, modo de viver, de amar e ser. Aprendemos a gostar do gênero e não depessoas. Desrespeitamos as pessoas porque não sabemos amar sem julgar.Ouvi uma frase um dia desses de uma criança de sete anos que diziaassim: "devemos gostar de pessoas, independente de ser homem ou mulher".
Porque então julgamos que homem não pode gostar de outro homem e mulher não pode gostar de outra mulher? Será que uma criança de seteanos é mais madura e mais sensata que nós, adultos?
Que mundo é esse que prega o respeito, a igualdade e o amor e condena, maltrata e humilha o seu semelhante simplesmente por ele gostar do mesmo sexo? É esse o mundo que queremos? Um mundo desigual,preconceituoso, leviano e dissimulado?
Mas e ser transparente para você, é o quê?É gritar aos quarto ventos a sua opção sexual, caracterizar-se como o sexo oposto, alimentar fantasias e sentimentos e simplesmente magoar as pessoas?
É tão fácil cobrar o respeito quando somos nós os ofendidos, humilhados e esquecidos, mas é tão difícil agir de bom senso quando estamos do outro lado.Mas uma coisa é certa: somos flexíveis, estamos em constante metamorfose. Nada e nem ninguém é tão rígido que não possa se transformar. Até as rochas são mutáveis!
Autora: Lara Almeida
São Paulo 12 de janeiro de 2012