Balada
Três da manhã!
Meu Deus! Meu Deus!
Mas que balbúrdia é essa, afinal?
Meu cérebro parece que tem mais neurônios do que pode comportar...
Ah!... É outra daquelas festas...
Chegaram. São eles, os baderneiros. Entraram, sem nenhuma cerimônia, espalharam-se, agruparam-se. Estão em todas as regiões de meu mísero cérebro, ao mesmo tempo. A música estridente e barulhenta, seus berros loucos, ecoam em minha mente vazia. São todos os ritmos, todos: valsa, rumba, merengue, samba, jazz, pop, rock, ópera... Tudo num só momento. Tudo em acordes dissonantes de silêncio mortal.
Ah, vocês vão ver quando Morfeu chegar...
Aliás, está atrasado, hoje.