Minas Pedacinho da Gente
Minas de serras montanhosas e de neblinas vistosas, com seus dias quentes e noites frias aconchegantes.
Ar de céu azul anil, com beija-flores de todas as espécies para alegrar os olhos de quem tem um minuto, se quer para admirá-los.
As flores com esplendor e beleza, com cores pintadas à mão pelo pai da natureza.
Pedras que alicerçam as águas doces, que cachoeiram nossos olhos de água salgada.
Se por um minuto parar para ouvir o som das águas e senti-las contra o vento, ai sim é como neve derretida, mas são apenas milhões e milhões de gotas minúsculas, mas que nos deliciam se respiradas com sorriso enriquecedor.
E certamente esta paisagem de um quadro vivo, acalmaria qualquer coração acelerado ou moribundo de um estresse urbanizado.
As árvores imensas e verdes, não tão verdes como antes, mas se elas pudessem falar, gritariam por “socorro”, pedindo paz para viverem o seu ciclo sem incomodar ninguém.
Mas são brutamente cortadas e ao caírem, fazem um som de uma dor que ninguém pode sentir ou ouvir, mas a palavra gritada com força é madeeeeeeira!
Mas são delas que tiramos o oxigênio, então porque não às preservamos como deveria-mos, evitando os desmatamentos, queimadas ou até mesmo deixando limpos os rios que ali correm nas aproximidades para qualquer ser que por milagre ainda vivem os peixes.
Em Ouro preto nasce o rio das Velhas, corre por onde Deus mandou, mais adiante, um ou outro jogam lixo, esgoto e as águas não tão claras, misturam suas lágrimas para limparem, mas é inútil, elas não tem mãos para catarem os lixos que nós, humanos jogamos, que na verdade deveríamos era agradecer-mos mantendo os rios limpos e economizando á água potável.
Mas quem se importa, pois o rio não pode morrer onde nasceu, mas tenta fazer sua parte desaguando no São Francisco, que nasce na Serra da Canastra, limpo, é responsável por matar a sede da terra fértil para o cultivo, e favorece oito hidrelétricas espalhadas no território Brasileiro.
Principalmente, em 100mil ectares das mais belas e suculentas uvas Brasileiras.
Sua paisagem marca o cenário das paredes gigantes de pedras do século passado, com altura de 150 metros, em um outro pedacinho do Brasil.
Toda a terra banhada pelo rio mineiro, tem um pedacinho da gente, mas até quando?
Até todos morrer-mos de sede.
Nem todos podem apreciar um rio limpo, uma outra parte dele precisa de ajuda, não só ele, também as matas, os pássaros silvestres engaiolados, as montanhas rochosas nos estrondos das dinamites, as pessoas que vão fora da hora com os problemas do aquecimento global, com enchentes, terremotos, ressacas do mar furioso e desapontado, tornados revoltados que destroem sem dó e nem piedade os sonhos de muitas pessoas.
Cuidaremos bem de quem precisa de nós.
Como precisamos deles de toda a natureza muito mais.
Não somente Minas que é um pedacinho da gente.
Mas todo o PLANETA.
Nem tudo é poesia, a realidade é que o mundo precisa de ajuda, em todos os idiomas.
Faça a sua parte.
Mayala Morenna