ADOÇÃO DE CRIANÇAS POR GAYS
Por Carlos Sena


 
O mundo é mesmo feito para o desencontro. Um desencontro sem desencanto, digamos assim. Gente de todo tipo sem se entender em suas diferenças e gente diferente querendo se entender na igualdade da maioria. Moda. Pois é: moda inconsciente de que o mundo seja mesmo diferente e que, melhor do que nivelar a todos com base na maioria “dominadora” é procurar conviver com essas diferenças.
O mundo tá cheio de gente feia e bonita, branca e preta, alta e baixa, sacanas e do bem, pedólatras e pedófilos, veteranos e neófitos, putas e moça sérias, homens e mulheres e gays e assemelhados e um monte de outras coisas que a gente não define. Fazem parte da pluralidade do mundo. Nesse contexto, as maiorias sempre se acham agraciadas com o troféu da verdade absoluta. Fato é que somos todos humanos e quem não tem determinado comportamento “inaceitável” como, por exemplo, ser gay, tem outros. Outros piores: roubam, matam, mentem, abandonam filhos, maltratam idosos, traficam, vilipendiam, roubam dinheiro público, tergiversam e outras coisas. Por isso, neste dia em que a França decreta o casamento Gay, podemos inferir acerca de um novo repensar de tudo isso que a tantos incomoda, mas que, a rigor, em nada faz mal a ninguém, exceto o bem que pode proporcionar aos que quiserem se casar com pessoa do mesmo sexo.
Fico imaginando que esse episódio da França possa aumentar a reflexão acerca da adoção. A grande maioria dos menores abandonados foi posta na rua, na mendicância pelos heteros. Para isso eles não tiveram preconceito, mas contra os Gays tem todos. Por isso, sugiro que pensemos num dos lados bons do casamento Gay: o governo estimular a adoção das crianças sem família, abandonadas nas ruas ou nos orfanatos. Algo como: os heteros fazem filhos e os Gays adotam como, de fato, já ocorre em alguns casos. Só que competiria aos governos diminuírem a burocracia e mostrar o que a ciência psicológica já demonstrou: filhos adotados por casais gays dificilmente serão gays, exceto se for naturalmente como de fato é a homossexualidade.
Então, um dia, a gente, certamente teria menos crianças abandonadas – futuros marginais que terminam mortos na cadeia e dizimam famílias com os seus crimes quando estão na bandidagem. Há exemplos de filhos bem criados por gays assumidos como Leão Lobo e tantos outros. Numa ação de governo, certamente, a população iria, gradativamente, melhorando os pontos de vistas, ou as vistas sem ponto?