Anarquia e miséria

Anarquia e miséria

Vivemos em um país democrático, onde em nossa bandeira o lema maior é ORDEM E PROGRESSO e os nossos líderes são eleitos de acordo com a vontade de todos. Porém, a realidade é que esquecemos o progresso, andamos a pé enquanto um futuro, melhor, se distancia e o subdesenvolvimento nos acompanha com todos os seus aliados.

Nossas crianças são educadas nas escolas da vida, aprendendo a matemática do furto e descobrindo que marginalidade é diploma de sobrevivência. No vestibular da vida as provas são abertas e sem respostas para as perguntas, na qual, na maioria das vezes, somos obrigados a chutar a bola da educação.

Com o subdesenvolvimento e a falta de estrutura, a miséria bate nas portas dos que têm as casas construídas de sonhos, despertando-os para o pesadelo que é o presente. Políticos pedem paciência e o povo seriedade, nessa desordem de ideias o lema da bandeira é esquecido e em uma anarquia disfarçada de democracia, o país esquece suas obrigações e fecha os olhos para os problemas mais simples do seu povo. Na balburdia criada, ouve-se gritos de Deus nos ajude, mas a engrenagem está corroída e enferrujou a máquina, sendo assim, as orações terminam num amém, em que, se agradece o que não se recebe nunca; seriedade.

Nessa realidade só temos o direito de sonhar e enfeitar a miséria com as cores da bandeira, deixando balançar no mastro o lema do presente: ANARQUIA E MISÉRIA.

MÁRIO PATERNOSTRO