Tentativa de escrever um belo poema.
Os minutos passam. Já digitei mais de 500 caracteres e nada me agradou.
Quero escrever algo que me satisfaça, que me encante mas a inspiração tirou folga neste Domingo de temperatura amena.
Nuvens passageiras desfizeram-se em frente à minha janela deixando suaves e finíssimos pingos.
Dessa vez, não houve tempo para molhar os cabelos. Apenas as mãos sentiram-se úmidas.
Momento feliz!
A casa está silenciosa. Fechei meus ouvidos para qualquer barulho. Desliguei o sensor que detecta o zumbido dos mosquitinhos e tento viajar nas asas da mais bela poesia que Carlos Drumond de Andrade, Fernando Pessoa ou Pablo Neruda tenha escrito.
O toque insistente do telefone me rouba o enlevo e lá vou eu atender a mais um engano - Aqui é residência, o mercadinho é final 78!
Perdi a paciência. Deixo para outro dia a tentativa de escrever um belo poema.