Sem mais [des]culpas
Eu só acho sua maneira de amar estranha e ao mesmo tempo fico com medo da minha ser. Sei que tenho esse meu jeito exagerado, inteiro demais. Mas quem é que gosta de migalhas? Quem é que quer metades pra ser feliz? Eu não ofereço restos a ninguém, logo não aceito ficar com um pedaço da sua boca num beijo. Não aceito seu abraço de um braço e muito menos seus olhos nas nuvens enquanto fala comigo.
Não quero seu “eu te amo”, para! Amor é palavra de sentir e não de jogar no vento. Já tem coisa demais no vento, não faça logo o AMOR se perder. Amor é artigo de luxo na loja das emoções. Fica esperto!
Eu não quero suas promessas e nem quero saber mais dos seus planos. Sabe por que? É tudo meia-boca. E eu não me encaixo em qualquer trecho. Quero um roteiro de filme em tempo real. Não quero procurar desenho em nuvens com você. É ilusão demais pra mim e meu saco encheu!
Relacionamento é compromisso, reciprocidade, respeito, carinho, presença. E a soma disso tudo aí resulta no amor. É um pacote. Uma bagagem. Pesou pra você? Então troca de pacote. Despacha a bagagem. Embarca em outra viagem. Porque amor, pra mim, começa onde meu sonho brinca. E meu sonho tá distraído aqui pulando amarelinha.
Fica com você por mais um tempo. Sem pesos, sem desculpas, sem muitos argumentos. Você já me pediu desculpas demais nessa vida. E não sei se em uma outra eu dou conta de te ouvir.
Olha, não é conselho, mas cata suas palavras. Não deixa nada solto por aí. Amarra o cadarço e lava o rosto. Abandona as mentiras que você acredita ser verdade. E vê se faz alguém sorrir.